domingo, 23 de outubro de 2011

EFEITOS DO CHOCOLATE NA HAS

O Cacau é rico flavonóides, substância anti-oxidante, vasodilatadora e anti-inflamatória. Há algum tempo vem sendo estudado a sua influência na prevenção da DCV e HAS (click), já existindo várias evidência mostrando benefícios. No último congresso Europeu (2011) foi apresentada uma meta-análise (click) com mais de 114.000 pacientes que mostrou uma diminuição de 37% de DCV e 29% de AVE, comparando quem ingeriu pequena e grande quantidade de chocolate. Estudos (click) também mostram os benefícios do cacau na redução da HAS, embora modestas mas significativa, aumento da sensibilidade a insulina e melhora da função endotelial. Estes estudos são feitos com chocolates em concentrações acima de 50%, geralmente em torno de 70%, de 50 a 100g/dia, observar ganho de peso. A maioria dos chocolates comercializados tem concentrações baixas de cacau, altas de cremes, leite e açúcares, com alto teor calórico, que dependendo da quantidade ingerida pode levar a obesidade e consequentemente a HAS, DM e SM, aumentado os riscos cardiovasculares. Vale lembrar que apenas o chocolate escuro apresenta estes benefícos por conter cacau, o branco não contem cacau e sim a manteiga de cacau. O ideal é que a quantidade de calorias consumidas com chocolates sejam reduzidas na alimentação diária.
Publicações: Hypertension, ESC, SBH, (click)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO PARA HAS

A HAS é um importante fator de risco para DCV, sendo uma das principais causa de AVE, DAC, IC, dissecção de aorta, DRC. Além de ser causa importante de disfunção sexual e demência. 95% das hipertensões não tem causa definida, classificando-a como HAS primária, mas sabe-se quem tem predisposição a tê-la, que são as com  fatores de risco para HAS (click) como: história familiar de HAS, sedentarismo, obesidade, maus hábitos alimentares, principalmente ingesta excessiva de sal, etanolismo, estresse, diabetes, tabagismo e idosos. Portanto a prevenção (click)  consiste em combater estes fatores, principalmente naqueles que tem heraditariedade para a mesma.
Publicações: JASN , Hypertension (click)

domingo, 16 de outubro de 2011

DIURÉTICO QUE MENOS INTERFERE NO PERFIL METABÓLICO DO HIPERTENSO

Os diuréticos são medicamentos antigos, bastante estudados, eficazes isoladamente ou em associação, principalmente nos negros, idosos e na HAS sistólica, mas tem o incoviniente de ter um perfil metabólico desfavorável, podendo aumentar principalmente os triglicérides e ácido úrico, diminuir o HDL-C, levar a intolerância a glicose e diabetes, e a aumentos menores no colesterol total e LDL-C, isto faz com que eles devam ser evitado nos pacientes com este perfil ou tendência a tê-lo, isso diminui os benefícios do controle da hipertensão em relação a doenças ateroscleróticas. Os estudos também mostram que nas dosagens mais baixas como hidroclorotiazida ( HCT ) e Clortalidona 12,5mg/dia, estes efeito adversos são bastante atenuados ou até inexistente, com as ações hipotensoras mantidas em relação as doses maiores. Dos tiazídicos a clortalidona (click) é mais potente com ação mais prolongada do que o HCT (click), devendo ser o preferido. Apesar disto eles ainda são recomendado como drogas de primeira escolhas por diretrizes como a americana (Joint - 7) (click), ou a segunda droga quando não for a primeira, ele potencializam muito as associações. A indapamida (click) que é derivado dos tiazídicos, tem o melhor perfil metabólico por não interferir no lípidico e glicídico.
ENQUETE: 55% indapamida; 22,5% clortalidona; 22,5% furosemida.
Publicações: Farmacologia, Artigo SBC, Artigo RBH, NEJMJornal ESC (click),

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ESTUDOS COLOCAM EM DÚVIDA A CARDIOPROTEÇÃO DE BRA.

Vários estudos já foram realizados e mostraram os benefícios dos BRAs (click) na redução da mortalidade cardiovasculares e cardioproteção. Recentemente dois estudos com um BRA, olmesartan, o ROADMAP   (click) e o ORIENT (click), que foram realizados principalmente para mostrarem nefroproteção, surpreendetemente foi observado aumento da mortalidade cardiovascular, nos grupos que usaram a olmesartan:
Resumo das conclusões do estudo ROADMAP
Resultado Olmesartan (n =2232) Placebo (n = 2215)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 15 3
Morte súbita cardíaca 7 1
Infarto do miocárdio fatal 5 0
Morte durante ou pós-PTCA ou CABG 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 2 2
Todas as mortes 26 15
> Stroke não-fatal 14 8
> MI não-fatal 17 26
 Resumo das conclusões do estudo ORIENT
Resultado Olmesartan (n = 282) Placebo (n = 284)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 10 3
Morte súbita cardíaca 5 2
Infarto do miocárdio fatal 1 1
Morte cardiovascular de causa desconhecida 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 3 0
Todas as mortes 19 20
> Stroke não-fatal 8 11
> MI não-fatal 3 7
O que fez com que o FDA (click) esteja revisando os mesmos para um posterior posicionamento, tendo em vista os seus reultados serem bastante conflitantes com os já existentes. Muitas discussões pró e contra os estudos foram travadas, várias admitindo que este aumento da mortalidade esteja relacionado ao fenômeno da curva J (click), tendo em vista ter havido uma redução importante da PA, e a mortalidade esteja associada aos pacientes portadores de DCV, principalmente os com DAC.
Publicações: Clínica Japonesa (click) , Cardiotimes (click)

domingo, 9 de outubro de 2011

The Rheos® Hypertension Therapy System™

O Sistema Rheos (click) no tratamento da HAS refratária é um método de tratamento invasivo da HAS refratária, encontra-se em estudo (click) na fase 3. Consiste na implantação, cirúrgica, de um gerador na região subclavicular com introdução de eletrodos nos seios carotídeos direito e esquerdo, gerando estímulos que vai estimular os barorreceptores desta região, fazendo com que o cérebro os recebas e interprete-os como fosse um aumento da pressão arterial e passe a liberá substâncias vasodilatadores, diuréticas e que diminuem a frequência cardíacas. Os estudos até a fase 2 mostraram uma redução média da PAS e PAD respectivamente, no primeiro ano de 25 x 15mmHg , no segundo de 22 x 15mmHg e no terceiro de 31 x 21mmHg. Não foram relatadas reações adversas em relação ao mesmo, apenas algumas de pequena gravidade relacionadas ao implante. Admite-se que nestes pacientes haja uma disfunção dos barorreceptores que não reconhem o aumento da pressão arterial e portanto não usam este mecanismo fisiológico. É importante lembrar que este sistema ainda está em fase de estudos, faltando uma comprovação definitiva.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011