Vários estudos já foram realizados comparando um IECA com BRA e com a associação IECA e BRA, no tratamento da HAS, e todos tem mostrado não haver diferenças significativas entre eles. O estudo ONTARGET (click) foi um estudo duplo cego, radomizado, que estudou pacientes com DCV ou alto risco para tê-la como diabetes, acima de 55 anos, comparando ramipril com telmisartan e ramipril mais telmisartan. 8576 pacientes receberam 10mg de Ramipril, 8542 pacientes receberam 80mg de Temisartan e 8502 pacientes a associação Ramipril e Telmisartan. O end point primário foi mortes cardiovasculares, IAM, AVCI e hospitalização por IC, num acompanhamento de 56 meses. O estudo mostrou não haver diferença em relação ao end point primário entre os grupos e que a associação além de não ser superior aos agentes isolados, apresentou mais efeitos adversos tais como: hipotensão, síncope e disfunção renal. Análises posteriores (click) mostram que este efeito adverso em relação a função renal só foi significativo nos pacientes estágio I, não o sendo no II. Hoje sabe-se a importância da associação IECA e BRA no tratamento dos pacientes com proteinúria.
sábado, 12 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
MEDIDAS DIETÉTICAS PARA HIPERTENSÃO: o que é efetivo?
Medidas dietéticas (click): o que é efetivo? Não existem dúvidas da importância da mudança do estilo de vida no controle da hipertensão arterial, e esta mudança do estilo de vida tem como um dos principais pilares os hábitos alimentares, o que faz com que apareçam várias dietas, muitas sem nenhuma comprovação cientifica. É importante lembrar o quanto é difícil controlar a HAS sem esta mudança, assim como, mesmo que haja controle da hipertensão, sem esta mudança os benefícios em relação a diminuição de eventos cardiovasculares não são os mesmos. Este artigo da Revista Brasileira de Hipertensão do DHA da SBC, faz uma revisão das principais mudanças as serem seguidas com ênfase as dietas recomendadas através de embasamento científico.
sábado, 5 de novembro de 2011
CRONOTERAPIA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL.
O ritmo ou ciclo circadiano é uma manifestação fisiológica do organismo que faz com que durante o sono haja uma diminuição de 10% a 20% da pressão em relação a vigília, chamado descenso noturno, e nas primeiras horas da manhã, entre 6 e 12 horas, ao dispertar, haja um aumento da atividade simpática aumentando a frequência cardiaca, pressão arterial, a adesão e agregação plaquetária, além da ativação do sistema renina angiotensina aldosterona, isto faz com que neste período aconteçam mais eventos cardiovasculares (click). O simples fato de não haver descenso noturno, mesmo nos normotensos, ou hipertensos tratado ou não tratado, está associado a aumento de eventos cardiovasculares. Tradicionalmente os Médicos orientam os pacientes a tomarem os seus hipotensores pela manhã, horário que normalmente os efeitos das medicações estão em queda, principalmente aquelas medicações que não têm ação por mais de 24 horas, ou seja o vale pico (click), que é pelo menos 50% de ação da medicação no momento da tomada da nova dose. Há tempo vem sendo estudado qual o melhor momento de se tomar o hipotensor, pela manhã ou a noite. Sabe-se que algumas medicações agem melhor a noite outras pela manhã, outras não têm esta relação. Recentemente foi publicado o estudo MAPEC (click) (Monitorização Ambulatorial da PA e Eventos Cardiovasculares), que comparou o uso de todas as medicações pela manhã com uma ou mais medicações tomadas a noite, e mostrou haver melhor descenso noturno, controle da PA e diminuição de eventos cardiovasculares, naqueles que tomava pelo menos um hipotensor a noite.
Publicações: AJH, NDT, HipertensionAHA, Medscape, Drugs, Life & Health Library, (click)quarta-feira, 2 de novembro de 2011
EXISTEM MEDICAMENTOS PARA PREVENIR HIPERTENSÃO ARTERIAL?
Com se sabe existem pessoas que apresentam fatores de risco para HAS (click), assim como aquelas que já são limitrofes, para algumas diretrizes como a Americana, pré-hipertensos, pelo fato de já terem um risco aumentado para as DCVs. Têm também pacientes que apresentam resposta hipertensiva (click) ao esforço durante o teste ergométrico, pacientes estes que de acordos com os estudos tem grandes possibilidades de desenvolverem hipertensão nos 5 anos seguintes. O que fazer com estes pacientes, está indicado medicamentos nestas situações? Este artigo da RBH do DHA da SBC (click), faz uma revisão interessante sobre este assunto.
domingo, 30 de outubro de 2011
O ESTUDO ASCOT MOSTROU QUE O ATENOLOL ESTÁ ASSOCIADO A AUMENTO DE:
O estudo ASCOT (click) foi um estudo desenhado para compará o atenolol seguido da associação com um diurético tiazídico com amlodipina seguido de um IECA perindopril, no braço pressão, e atorvastatina no braço dislipidemia, tendo como end point primário: IAM não fata e DAC fatal, e and point secundário: AVCI, morte cardiovascular, mortalidade total, ICC e terciário: diabetes, angina, DAOP. Foram estudados mais de 19.000 paciemtes, com PA > 160 x 100mmHg, idade média 63 anos, 03 ou mais fatores de risco. Tendo como meta uma PA<140 x 90mmHg para não diabéticos e PA <130 x 80mmHg para diabéticos. Foi observado uma maior redução da PA no grupo amlodipina, a necessidade de 2 ou mais drogas para atingir a meta pressórica, não houve diferença significativa no end point primário e mortalidade de todas as causas, mais significativa em prol da associação da amlodipina na diminuição de mortes cardiovasculares (-24%), AVCI (-23%) e diabetes (-30%). Algumas críticas ao trabalho foi a grande incidência de pacientes com mais de 60 anos, faixa etária sabidamente menos benificiada com betabloqueadores e mais com amlodipina, e os niveis tensionais mais baixos atingido no grupo amlodipina o que pode ter feito com que a incidência de AVCI tenha sido menor. É bom lembrar que este estudo foi feito com atenolol, assim com outros que mostram o efeito desfavorável dos betabloqueadores, outros com propranolol e alguns poucos com metoprolol. Não temos evidências em relação ao betabloqueadores de última geração como o carvedilol, bisoprolol e nebivolol, os quais até o momento têm apresentado um perfil metabólico diferente. Portanto não devemos condenar a classe dos betabloqueadores, mas apenas os testados e que mostraram este perfil desfavorável
Publicações: The Lancet, The Heart (click)ENQUETE: 66,6% diabetes, a certa, 33,3% proteinúria.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
RELAÇÃO ENTRE CÂNCER E HIPERTENSÃO
Estudo (click) recentemente publicado no The Heart (setembro 2011), mostra a associação de canceres e HAS nos homens, mas não segnificativa nas mulheres, assim como maior mortalidade por canceres em homens e mulheres hipertensas. É um estudo observacional, retrospectivo, que embora com um número grande de pacientes, não chega a ser conclusivo. Será se isto acontece porque a hipertensão está frequentemente associada a obesidade? A diabetes? Muitos têm um estilo de vida propenso a neoplasias? Já que nestas condições existem mais evidências da associações com neoplasias. É associado a medicamentos? Hipotensores como diuréticos, BRA foram colocados em dúvidas, mas nenhum trabalho comprovou esta associação. Existem outras publicações nesta década que sugerem maior presença de câncer em hipertensos, inclusive com a redução da incidência com controle da HAS. Apesar destas publicações, a dúvida persiste e persistirá até que venha um trabalho consistente.
Publicações: Hypertension, NEJM, The Lancet (click)
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