O consumo de álcool está associado a aumento da pressão arterial. Estudos (click) mostram que este aumento está relacionado a quantidade de álcool (click) ingerida, mais de dois drinques por dia, e que este efeito se manifesta até nos quatros dias seguintes. Além deste efeito direto, o álcool também tem muitas calorias o que faz com que aqueles que o consumem com frequência e/ou em grande quantidade ganhe peso e consequentemente aumente a pressão. Portanto não é recomendado que as pessoas hipertensas ingiram bebidas alcoólicas, ou se o fizer, o faça em pequena quantidade. A bebida alcoólica também é responsável pelo aumento dos triglicérides e ácido úricos, dois fatores de riscos para doenças cardiovasculares. O etilismo crônico também é causa de miocardiopatia dilatada alcoólica (click) por agressão direta do músculo cardíaco, que evolui com insuficiência cardíaca, e dependendo do grau de agressão e tempo de exposição geralmente é irreversível e de mal prognóstico. O consumo exagerado, mesmo por curto período, como num final de semana, pode causar arritmias cardíacas, em especial a fibrilação atrial aguda.
sábado, 19 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
RELAÇÃO ENTRE MENOPAUSA E HIPERTENSÃO ARTERIAL.
É sabido que antes da menopausa as mulheres têm menos eventos cardiovasculares e hipertensão arterial do que os homens, aceita-se que isto ocorre devido a uma ação cardioprotetora do estrógeno, tendo em vista a o aumento de HAS e eventos após a menopausa. Isto é bastante controvertido: Por quê os eventos e a hipertensão estão aumentando, antes da menopausa? O estrógeno está perdendo a sua ação protetora? Por quê após a menopausa a TRH não diminui HAS e até aumenta eventos cardiovasculares? Será se não era o "velho" estilo de vida que as protegia e o "novo" tirou esta proteção? Será que o aumento da PA após a menopausa não está relacionado com o envelhecimento, sabidamente responsável por aumento da pressão, e não pela perda da produção do estrógeno? Tudo isso já foi bastante discutido e o que está definido é que após a menopausa a incidência de HAS em mulheres e maior do que em homens da mesma faixa etária, a discussão está se este aumento da PA é relacionado ao envelhecimento, ganho de peso, sedentarismo, nesta faixa etária, ou a perda da vasodilatação, diminuição da filtração glomerular e aumento da sensibilidade ao sal dependentes do estrògeno. Vários estudos embasam a teoria do estrógeno. Acredito que ambos os mecanismos são responsáveis. Ainda não existe consenso quanto a influência da TRH na pressão arterial. Diferente do uso de anticoncepcionais, que são preparações e doses diferentes numa pessoa com a sua produção hormonal normal.
sábado, 12 de novembro de 2011
ESTUDO QUE MOSTROU NÃO HAVER DIFERENÇA ENTRE RAMIPRIL, TELMISARTAN E RAMIPRIL MAIS TELMISARTAN.
Vários estudos já foram realizados comparando um IECA com BRA e com a associação IECA e BRA, no tratamento da HAS, e todos tem mostrado não haver diferenças significativas entre eles. O estudo ONTARGET (click) foi um estudo duplo cego, radomizado, que estudou pacientes com DCV ou alto risco para tê-la como diabetes, acima de 55 anos, comparando ramipril com telmisartan e ramipril mais telmisartan. 8576 pacientes receberam 10mg de Ramipril, 8542 pacientes receberam 80mg de Temisartan e 8502 pacientes a associação Ramipril e Telmisartan. O end point primário foi mortes cardiovasculares, IAM, AVCI e hospitalização por IC, num acompanhamento de 56 meses. O estudo mostrou não haver diferença em relação ao end point primário entre os grupos e que a associação além de não ser superior aos agentes isolados, apresentou mais efeitos adversos tais como: hipotensão, síncope e disfunção renal. Análises posteriores (click) mostram que este efeito adverso em relação a função renal só foi significativo nos pacientes estágio I, não o sendo no II. Hoje sabe-se a importância da associação IECA e BRA no tratamento dos pacientes com proteinúria.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
MEDIDAS DIETÉTICAS PARA HIPERTENSÃO: o que é efetivo?
Medidas dietéticas (click): o que é efetivo? Não existem dúvidas da importância da mudança do estilo de vida no controle da hipertensão arterial, e esta mudança do estilo de vida tem como um dos principais pilares os hábitos alimentares, o que faz com que apareçam várias dietas, muitas sem nenhuma comprovação cientifica. É importante lembrar o quanto é difícil controlar a HAS sem esta mudança, assim como, mesmo que haja controle da hipertensão, sem esta mudança os benefícios em relação a diminuição de eventos cardiovasculares não são os mesmos. Este artigo da Revista Brasileira de Hipertensão do DHA da SBC, faz uma revisão das principais mudanças as serem seguidas com ênfase as dietas recomendadas através de embasamento científico.
sábado, 5 de novembro de 2011
CRONOTERAPIA NA HIPERTENSÃO ARTERIAL.
O ritmo ou ciclo circadiano é uma manifestação fisiológica do organismo que faz com que durante o sono haja uma diminuição de 10% a 20% da pressão em relação a vigília, chamado descenso noturno, e nas primeiras horas da manhã, entre 6 e 12 horas, ao dispertar, haja um aumento da atividade simpática aumentando a frequência cardiaca, pressão arterial, a adesão e agregação plaquetária, além da ativação do sistema renina angiotensina aldosterona, isto faz com que neste período aconteçam mais eventos cardiovasculares (click). O simples fato de não haver descenso noturno, mesmo nos normotensos, ou hipertensos tratado ou não tratado, está associado a aumento de eventos cardiovasculares. Tradicionalmente os Médicos orientam os pacientes a tomarem os seus hipotensores pela manhã, horário que normalmente os efeitos das medicações estão em queda, principalmente aquelas medicações que não têm ação por mais de 24 horas, ou seja o vale pico (click), que é pelo menos 50% de ação da medicação no momento da tomada da nova dose. Há tempo vem sendo estudado qual o melhor momento de se tomar o hipotensor, pela manhã ou a noite. Sabe-se que algumas medicações agem melhor a noite outras pela manhã, outras não têm esta relação. Recentemente foi publicado o estudo MAPEC (click) (Monitorização Ambulatorial da PA e Eventos Cardiovasculares), que comparou o uso de todas as medicações pela manhã com uma ou mais medicações tomadas a noite, e mostrou haver melhor descenso noturno, controle da PA e diminuição de eventos cardiovasculares, naqueles que tomava pelo menos um hipotensor a noite.
Publicações: AJH, NDT, HipertensionAHA, Medscape, Drugs, Life & Health Library, (click)quarta-feira, 2 de novembro de 2011
EXISTEM MEDICAMENTOS PARA PREVENIR HIPERTENSÃO ARTERIAL?
Com se sabe existem pessoas que apresentam fatores de risco para HAS (click), assim como aquelas que já são limitrofes, para algumas diretrizes como a Americana, pré-hipertensos, pelo fato de já terem um risco aumentado para as DCVs. Têm também pacientes que apresentam resposta hipertensiva (click) ao esforço durante o teste ergométrico, pacientes estes que de acordos com os estudos tem grandes possibilidades de desenvolverem hipertensão nos 5 anos seguintes. O que fazer com estes pacientes, está indicado medicamentos nestas situações? Este artigo da RBH do DHA da SBC (click), faz uma revisão interessante sobre este assunto.
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