quinta-feira, 20 de setembro de 2012

EFEITOS DO SEDENTARISMO SOBRE AS PRINCIPAIS DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS NO MUNDO

   Este estudo avaliou o efeito do sedentarismo em doenças não transmissíveis: doença arterial coronária, diabetes tipo II, câncer de cólon e de mama, estimando o quanto dessas doenças poderiam ser evitadas se os indivíduos sedentários passassem a ser ativos, além de avaliar o ganho da expectativa de vida com essa medida.
   No mundo, foi estimado que o sedentarismo é responsável por 6% da doença arterial coronária, 7% de diabetes tipo 2, 10% de câncer de mama e 10% de câncer de cólon. Além disso, a inatividade causa 9% de mortalidade prematura.
   A tabela abaixo resume os riscos relativos associados ao sedentarismo, com e sem fatores de confusão ajustados, para os resultados estudados. O estudo demonstra também os dados para Brasil. 

Riscos relativos calculados através das ARF dos desfechos associados aos sedentarismo no Brasil.


   Se o sedentarismo diminuir, 10 ou 25%, mais de 533.000 e mais de 1.300.000 mortes podem ser evitados, respectivamente, a cada ano. A remoção do sedentarismo teria o maior efeito no câncer de cólon e o menor na doença coronária.
   O estudo estimou que a eliminação da inatividade física pode aumentar a expectativa de vida em 0,68 anos (0,41 a 0,95).
  O estudo demonstrou que o sedentarismo pode causar de 6 a 10% das principais doenças não transmissíveis, além de causar 9% das mortes prematuras (5,3 das 57 milhões de mortes em 2008). Esses achados apontam o sedentarismo como um fator de risco semelhante ao tabagismo e a obesidade. Estimou-se que o tabagismo foi responsável por 5 milhões de mortes em 2000, com uma aumento da expectativa de vida aumentada em 1,1 a 2,2 anos com a eliminação do fumo. Com a eliminação obesidade a expectativa de vida aumenta em 0,7 a 1,1 anos. Esses dados só enfatizam a importância de medidas de saúde pública para aumentar a atividade física praticada pela população. Se uma pequena parcela da população for estimulada e iniciar uma vida mais ativa, por exemplo, com 15 a 30 minutos de caminhada por dia, muitos benefícios, inclusive o aumento da sobrevida, poderão ocorrer.
   Critérios de atividades propostos pela Organização Mundial de Saúde,

Crianças entre 5 e 17 anos
Adultos entre 18 e 64 anos
Acima de 65 anos
Crianças e jovens com idades entre 5-17 deve acumular pelo menos 60 minutos de atividade diária com intensidade moderada a vigorosa.

Quantidades de atividade física maior do que 60 minutos podem fornecer benefícios adicionais de saúde.

A maioria da atividade física diária deve ser aeróbica. Atividades com intensidade vigorosa devem ser incorporadas, incluindo aquelas que fortalecem a musculatura e os ossos, pelo menos 3 vezes por semana.
Adultos com idade entre 18-64 anos deve fazer pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica intensidade moderada durante a semana ou fazer pelo menos 75 minutos de atividade vigorosa durante a semana ou uma combinação equivalente entre a atividade moderada e vigorosa.

Atividade aeróbica deve ser realizada em sessões de pelo menos 10 minutos de duração.

Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade moderada para 300 minutos por semana, ou realizar uma atividade intensa com duração de em 150 minutos por semana, uma combinação equivalente entre a atividade moderada e vigorosa.

Atividades de fortalecimento da musculatura deve ser feito envolvendo grupos musculares maiores em 2 ou mais dias por semana.
   Os idosos devem fazer pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica intensidade moderada durante a semana ou fazer pelo menos 75 minutos de atividade vigorosa durante a semana ou uma combinação equivalente entre a atividade moderada e vigorosa.
   Atividade aeróbica deve ser realizada em sessões de pelo menos 10 minutos de duração.
   Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade moderada para 300 minutos por semana, ou realizar uma atividade intensa com duração de em 150 minutos por semana, uma combinação equivalente entre a atividade moderada e vigorosa.
   Idosos com pouca mobilidade, devem realizar atividade física para melhorar o equilíbrio e evitar quedas, em 3 ou mais dias por semana.
   Atividades de fortalecimento da musculatura deve ser feito envolvendo grupos musculares maiores em 2 ou mais dias por semana.
   Quando não for recomendado a realização de atividade física por motivo de saúde, eles devem ser tão fisicamente ativos quanto as suas capacidades e as condições permitirem.

Rederências: Cardiosouce, The Lancet, NCBI

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CAMPANHA UM MILHÃO DE CORAÇÕES

    A campanha UM MILHÃO DE CORAÇÕES foi criada pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos com objetivo de diminui um milhão de infarto do miocárdio (IM) e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) em cinco anos, tendo em vista as Doenças Cardiovasculares (DCV) serem as principais causas de mortes nos EUA, sendo os IMs e os AVCs as principais causas de DCVs. Ela visa combater as pricipais etiologias destas patologias.
   Um em cada três adultos Americanos têm hipertensão arterial (HA), e apenas metade deles estão controlados. Esta é a razão fundamental por que as organizações públicas e privadas dos EUA se uniram em setembro de 2011, em um esforço sem precedentes, para ajudar os Americanos a melhorarem a saúde dos seus corações. Juntos, criaram os milhões de corações ™ iniciativa que visa impedir um milhão de infartos do miocárdio e AVCs até 2017, por meio de intervenções clínicas e comunitárias.
   Em seu primeiro ano, teveram milhares de apoios. Profissionais médicos, agências de saúde pública, sistemas de saúde e empresas privadas, assumiram o compromisso específico para alcançar o objetivo. Os organizadores estão satisfeitos por estarem trabalhando juntos para reduzir a hipertensão arterial, a principal causa de infarto do miocárdio e AVC. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) publicou o mais recente relatório relatando que a maioria das pessoas com hipertensão que estão sendo tratadas não estão controladas. Estas são oportunidades perdidas que fazem diferenças na vida do paciente e para a saúde do país.
    Trabalho em equipe foi a forma de resolver este problema. Em maio, os serviços de prevenção dos EUA,  recomendaram uma força tarefa de cuidados a domicílio para controle da pressão arterial. A força tarefa descobriu que o controle da pressão arterial melhorou quando atendimentos foi feita por uma equipe de profissionais de saúde, um médico apoiado por um farmacêutico, enfermeiro, nutricionista, assistente social, ou  profissionais da comunidade de saúde, em vez de um médico sozinho. Ao adotar essa abordagem, alguns dos parceiros, incluindo os dos Médicos privados, Clínicas comunitárias, e grandes sistemas de cuidados de saúde, têm sido capazes de ajudar mais de 80% de seus pacientes a controlarem as suas pressões. A meta é ajudar mais de 10 milhões de americanos hipertensos controlarem suas pressões até 2017.
   Como pode-se controlar melhor a pressão arterial? Fazer o controle uma prioridade. Medir e avaliar os dados através de indicadores Médicos de qualidade. Reconhecer e premiar as práticas ou sistemas que estão liderando as metas. Identificar os pacientes que não estão sendo tratados ou ainda não estão sob controle. Estimular os pacientes a auto-monitorização, e certificar se eles estão sabendo fazer. Fazer uma leitura elevada como um sinal para adquirir e avaliar o padrão de pressão arterial durante o mês seguinte. Facilitar a adesão dos pacientes, prescrevendo regimes de medicamentos uma vez por dia, terapia combinadas, e retornos com 90 dias quando for o caso. Perguntar aos pacientes sobre as dificuldades que tem em tomarem os medicamentos, e incentivá-los a usar caixas de comprimidos específicas, uma ferramenta simples e comprovada para melhorar a aderência.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

META-ANÁLISE MOSTRA QUE CHOCOLATE BAIXA A PRESSÃO ARTERIAL

   Alimento rico em flavanol, o chocolate ou cacau consumido diariamente pode resultar em uma pequena diminuição na pressão arterial. É o que sugere uma revisão de 20 estudos de curto prazo feita pelo Dr. Karin Ried e colegas da Universidade de Melbourne, Austrália.
   A pesquisa, foi publicada no dia 14 de agosto de 2012 no Banco de Dados Cochrane de Revisões sistemáticas, atualização de meta-análise de cinco estudos e quinze ensaios. Na atual revisão, cerca de 900 indivíduos saudáveis, que consumiram cerca de 100 g de chocolate ou cacau diariamente apresentaram uma redução em média de 2,77 mmHg na pressão arterial sistólica e 2,20 mmHg na pressão diastólica, em comparação com indivíduos controle.
   O efeito da ingestão de "produtos ricos em flavonóides de cacau foi comparável as modificações de estilo de vida, como dieta e exercício ( redução de 3 a 5 mmHg ) e pode servir como uma opção de tratamento complementar.
   Isso é importante, uma vez que estudos epidemiológicos têm ligado a reduções ainda pequenas na pressão arterial, com efeitos benéficos sobre a saúde cardiovascular. No entanto, estudos mais longos são necessários para melhor elucidar os benefícios do chocolate, determinar as dosagens ideais, e examinar os resultados, tais como as doenças cardiovascular e acidente vascular cerebral.
Referência: The heart.org

domingo, 19 de agosto de 2012

RESUMO DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO XX CONGRESSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO

Resumo dos estudos apresentados no XX Congresso Brasileiro de Hipertensão 2012, encerrado no dias 07 de agosto de 2012, no centro de convenções Rebouças em São Paulo.
Referência: Revista Hipertensão

sábado, 11 de agosto de 2012

SUPLEMENTOS DIETÉTICOS E HIPERTENSÃO: POTENCIAIS BENEFÍCIOS E PRECAUÇÕES.

   Os suplementos dietéticos são bastante usados ​pela população em geral e muitos são usados para o  tratamento natural e controle da hipertensão. Os doentes com hipertensão muitas vezes optam por utilizar estes produtos, seja adicionalmente ou em substituição de farmacológico anti-hipertensivo.  Devido ao uso freqüente de suplementos, tanto os consumidores como os profissionais de saúde devem estar cientes dos problemas ​​em torno desses produtos e fatores que influenciam a sua eficácia e segurança. No momento quatro produtos apresentam evidências de possíveis benefícios, que são: coenzima Q10, óleo de peixe, alho e vitamina C e outros quatros foram consistentemente associados com aumento da pressão arterial: ephedra, ginseng siberiano, laranja amarga e alcaçuz.
   Os profissionais de saúde devem  ter conhecimento e serem capazes de discutir este assunto com os paceintes. Os pacientes devem ser lembrados que os suplementos nem sempre são seguros e que na maioria dos casos, eles não devem ser consumidos sem a supervisão de um profissional de saúde. Ao discutir abertamente este tema, os profissionais de saúde podem ajudar a melhorar a compreensão dos pacientes em relação ao uso adequado destes produtos e a comparação com tratamento farmacológico e as questões que envolvem a segurança e eficácia. 
   Enquanto pode haver um papel dos suplementos em particular no tratamento da hipertensão, há a necessidade de estudos bem desenhados para melhor definir a eficácia, segurança e implicações clínicas em comparação com os atuais tratamentos farmacológicos. 
Referência: The Journal of Clinical Hypertension Vol. 14 | N º 7 | Julho Jornal Oficial 2012 da Sociedade Americana de Hypertension

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

DEZ MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA QUE AJUDAM A CONTROLAR A PRESSÃO ARTERIAL

  Nem sempre é necessário a prescrição de medicamentos para baixar a pressão arterial. As mudanças no estilo de vida, pode baixar a pressão arterial e reduzir o risco de doenças cardíacas.
1. Perder quilos extras e reduzir a cintura abdominal.
   A pressão arterial muitas vezes aumenta à medida que o peso aumenta. Perder 10% de peso pode ajudar a reduzir pressão arterial. Em geral, quanto mais peso perder, menor será a pressão arterial. Emagrecer também faz com que a medicação para hipertensão se torne mais eficaz. Também deve ser observado a cintura. O acúmulo de gordura visceral coloca o paciente em maior risco de hipertensão arterial e aumenta o risco de eventos cardiovasculares.
2. Exercício físico regular.
   A atividade física regular, pelo de 30 a 60 minutos na maioria dos dias da semana, não menos do que 3 vezes, pode diminuir a pressão arterial de 4 a 9mmHg. Nos pré-hipertensos (pressão sistólica entre 120 e 139 ou pressão diastólica entre 80 e 89), o exercício pode ajudar a evitar o desenvolvimento de hipertensão. Nos já hipertensos, a atividade física regular pode trazer a pressão arterial para níveis mais seguros.
3. Dieta saudável.
   Uma dieta rica em grãos integrais, frutas, legumes e produtos lácteos magros e pobre em gordura saturada e colesterol pode reduzir a pressão arterial por até 14 mmHg. Este plano alimentar é da dieta DASH. Considere aumentar a ingesta de potássio. O potássio pode diminuir os efeitos do sódio na pressão arterial. A melhor fonte de potássio é de alimentos, como frutas e legumes, em vez de suplementos.
4. Reduzir o sódio na sua dieta.
    Mesmo uma pequena redução no sódio em sua dieta pode reduzir a pressão arterial por 2 a 8 mmHg. As recomendações para a redução de sódio são: Limitar o sódio a 2.300 mg (5 a 6g de sal) por dia, ou menos. Um baixo nível de sódio, 1.500 mg (3g de sal) por dia ou menos, é adequado para pessoas acima de 51 anos, e nos indivíduos de qualquer idade que são Africano-Americana, ou tenham hipertensão, diabetes ou doença renal crônica.
5. Limitar a quantidade de álcool.
   Em pequenas quantidades, ele pode potencialmente reduzir sua pressão arterial de 2 a 4 mmHg. Mas esse efeito protetor é perdido se você bebe álcool em excesso, geralmente mais de um drinque por dia para mulheres e mais de dois por dia para homens. Além disso, se você normalmente não beber álcool, você não deve começar a beber como uma maneira de baixar a pressão arterial.
6. Evitar produtos do tabaco e fumo passivo.
   No topo de todos os perigos de fumar, a nicotina pode aumentar a pressão arterial em 10 mmHg ou mais por até uma hora depois de fumar. Fumar durante o dia significa que a sua pressão arterial pode permanecer constantemente elevado.
7. Evitar excesso de cafeína.
  Os efeitos da cafeína na pressão arterial ainda são discutíveis. A cafeína pode causar temporariamente um aumento na pressão arterial, mas não está claro se o efeito é temporário ou de longa duração.
   Para ver se a cafeína aumenta a pressão arterial, deve-se verificar a pressão 30 minutos após beber uma xícara de café ou outra bebida com cafeína. Se a sua pressão arterial aumenta de 5 a 10mmHg, o paciente pode ser sensível a cafeína.
  Independentemente da sensibilidade aos efeitos da cafeína, recomenda-s beber não mais de 200mg por dia - sobre o montante em duas xícaras de café.
8. Reduzir o estresse.
   Estresse e/ou ansiedade podem aumentar temporariamente a pressão arterial. Fazer pausas para exercícios de respiração profunda, submeter-se a massagem, fazer yoga ou meditação, ajudam a controlar a pressão arterial. Se auto-ajuda não funciona, procure um profissional para aconselhamento.
9. Monitorar  a pressão arterial.
   Aprender a auto-controlar a pressão arterial com um monitor do braço pode ajudar a motivar.
Visitas regulares ao médico trás benefícios. Se a pressão arterial não está bem controlada,  poderá precisar consultar o médico mensalmente para rever o tratamento e fazer ajustes. Se a pressão arterial está sob controle, consultar o médico a cada 6 a 12 meses.
10. Obter o apoio da família e de amigos.
  Apoio da família e dos amigos podem ajudar a melhorar a saúde. Eles podem incentivar a participar de programa de exercícios, tecnicas de relaxamento a mudar o estilo de vida. Considerar a participação em grupos de apoio. Isso pode colocar em contato com pessoas que podem dar um impulso emocional ou moral e oferecer dicas práticas para lidar com esta condição.
Referência: Mayo Clinic