domingo, 30 de outubro de 2011

O ESTUDO ASCOT MOSTROU QUE O ATENOLOL ESTÁ ASSOCIADO A AUMENTO DE:

O estudo ASCOT (click) foi um estudo desenhado para compará o atenolol seguido da associação com um diurético tiazídico com amlodipina seguido de um IECA perindopril, no braço pressão, e atorvastatina no braço dislipidemia, tendo como end point primário: IAM não fata e DAC fatal, e and point secundário: AVCI, morte cardiovascular, mortalidade total, ICC e terciário: diabetes, angina, DAOP. Foram estudados mais de 19.000 paciemtes, com PA > 160 x 100mmHg, idade média 63 anos,  03 ou mais fatores de risco. Tendo como meta uma PA<140 x 90mmHg para não diabéticos e PA <130 x 80mmHg para diabéticos. Foi observado uma maior redução da PA no grupo amlodipina, a necessidade de 2 ou mais drogas para atingir a meta pressórica, não houve diferença significativa no end point primário e mortalidade de todas as causas, mais significativa em prol da associação da amlodipina na diminuição de mortes cardiovasculares (-24%), AVCI (-23%) e diabetes (-30%). Algumas críticas ao trabalho foi a grande incidência de pacientes com mais de 60 anos, faixa etária sabidamente menos benificiada com betabloqueadores e mais com amlodipina, e os niveis tensionais mais baixos atingido no grupo amlodipina o que pode ter feito com que a incidência de AVCI tenha sido menor. É bom lembrar que este estudo foi feito com atenolol, assim com outros que mostram o efeito desfavorável dos betabloqueadores, outros com propranolol e alguns poucos com metoprolol. Não temos evidências em relação ao betabloqueadores de última geração como o carvedilol, bisoprolol e nebivolol, os quais até o momento têm apresentado um perfil metabólico diferente. Portanto não devemos condenar a classe dos betabloqueadores, mas apenas os testados e que mostraram este perfil desfavorável
Publicações: The Lancet, The Heart (click)
ENQUETE: 66,6% diabetes, a certa, 33,3% proteinúria.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

RELAÇÃO ENTRE CÂNCER E HIPERTENSÃO

Estudo (click) recentemente publicado no The Heart (setembro 2011), mostra a associação de canceres e HAS nos homens, mas não segnificativa nas mulheres,  assim como maior mortalidade por canceres em homens e mulheres hipertensas. É um estudo observacional, retrospectivo, que embora com um número grande de pacientes, não chega a ser conclusivo. Será se isto acontece porque a hipertensão está frequentemente associada a obesidade? A diabetes? Muitos têm um estilo de vida propenso a neoplasias? Já que nestas condições existem mais evidências da associações com neoplasias. É associado a medicamentos? Hipotensores como diuréticos, BRA foram colocados em dúvidas, mas nenhum trabalho comprovou esta associação. Existem outras publicações nesta década que sugerem maior presença de câncer em hipertensos, inclusive com a redução da incidência com controle da  HAS. Apesar destas publicações, a dúvida persiste e persistirá até que venha um trabalho consistente.
Publicações: Hypertension, NEJM, The Lancet (click)

domingo, 23 de outubro de 2011

EFEITOS DO CHOCOLATE NA HAS

O Cacau é rico flavonóides, substância anti-oxidante, vasodilatadora e anti-inflamatória. Há algum tempo vem sendo estudado a sua influência na prevenção da DCV e HAS (click), já existindo várias evidência mostrando benefícios. No último congresso Europeu (2011) foi apresentada uma meta-análise (click) com mais de 114.000 pacientes que mostrou uma diminuição de 37% de DCV e 29% de AVE, comparando quem ingeriu pequena e grande quantidade de chocolate. Estudos (click) também mostram os benefícios do cacau na redução da HAS, embora modestas mas significativa, aumento da sensibilidade a insulina e melhora da função endotelial. Estes estudos são feitos com chocolates em concentrações acima de 50%, geralmente em torno de 70%, de 50 a 100g/dia, observar ganho de peso. A maioria dos chocolates comercializados tem concentrações baixas de cacau, altas de cremes, leite e açúcares, com alto teor calórico, que dependendo da quantidade ingerida pode levar a obesidade e consequentemente a HAS, DM e SM, aumentado os riscos cardiovasculares. Vale lembrar que apenas o chocolate escuro apresenta estes benefícos por conter cacau, o branco não contem cacau e sim a manteiga de cacau. O ideal é que a quantidade de calorias consumidas com chocolates sejam reduzidas na alimentação diária.
Publicações: Hypertension, ESC, SBH, (click)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO PARA HAS

A HAS é um importante fator de risco para DCV, sendo uma das principais causa de AVE, DAC, IC, dissecção de aorta, DRC. Além de ser causa importante de disfunção sexual e demência. 95% das hipertensões não tem causa definida, classificando-a como HAS primária, mas sabe-se quem tem predisposição a tê-la, que são as com  fatores de risco para HAS (click) como: história familiar de HAS, sedentarismo, obesidade, maus hábitos alimentares, principalmente ingesta excessiva de sal, etanolismo, estresse, diabetes, tabagismo e idosos. Portanto a prevenção (click)  consiste em combater estes fatores, principalmente naqueles que tem heraditariedade para a mesma.
Publicações: JASN , Hypertension (click)

domingo, 16 de outubro de 2011

DIURÉTICO QUE MENOS INTERFERE NO PERFIL METABÓLICO DO HIPERTENSO

Os diuréticos são medicamentos antigos, bastante estudados, eficazes isoladamente ou em associação, principalmente nos negros, idosos e na HAS sistólica, mas tem o incoviniente de ter um perfil metabólico desfavorável, podendo aumentar principalmente os triglicérides e ácido úrico, diminuir o HDL-C, levar a intolerância a glicose e diabetes, e a aumentos menores no colesterol total e LDL-C, isto faz com que eles devam ser evitado nos pacientes com este perfil ou tendência a tê-lo, isso diminui os benefícios do controle da hipertensão em relação a doenças ateroscleróticas. Os estudos também mostram que nas dosagens mais baixas como hidroclorotiazida ( HCT ) e Clortalidona 12,5mg/dia, estes efeito adversos são bastante atenuados ou até inexistente, com as ações hipotensoras mantidas em relação as doses maiores. Dos tiazídicos a clortalidona (click) é mais potente com ação mais prolongada do que o HCT (click), devendo ser o preferido. Apesar disto eles ainda são recomendado como drogas de primeira escolhas por diretrizes como a americana (Joint - 7) (click), ou a segunda droga quando não for a primeira, ele potencializam muito as associações. A indapamida (click) que é derivado dos tiazídicos, tem o melhor perfil metabólico por não interferir no lípidico e glicídico.
ENQUETE: 55% indapamida; 22,5% clortalidona; 22,5% furosemida.
Publicações: Farmacologia, Artigo SBC, Artigo RBH, NEJMJornal ESC (click),

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ESTUDOS COLOCAM EM DÚVIDA A CARDIOPROTEÇÃO DE BRA.

Vários estudos já foram realizados e mostraram os benefícios dos BRAs (click) na redução da mortalidade cardiovasculares e cardioproteção. Recentemente dois estudos com um BRA, olmesartan, o ROADMAP   (click) e o ORIENT (click), que foram realizados principalmente para mostrarem nefroproteção, surpreendetemente foi observado aumento da mortalidade cardiovascular, nos grupos que usaram a olmesartan:
Resumo das conclusões do estudo ROADMAP
Resultado Olmesartan (n =2232) Placebo (n = 2215)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 15 3
Morte súbita cardíaca 7 1
Infarto do miocárdio fatal 5 0
Morte durante ou pós-PTCA ou CABG 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 2 2
Todas as mortes 26 15
> Stroke não-fatal 14 8
> MI não-fatal 17 26
 Resumo das conclusões do estudo ORIENT
Resultado Olmesartan (n = 282) Placebo (n = 284)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 10 3
Morte súbita cardíaca 5 2
Infarto do miocárdio fatal 1 1
Morte cardiovascular de causa desconhecida 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 3 0
Todas as mortes 19 20
> Stroke não-fatal 8 11
> MI não-fatal 3 7
O que fez com que o FDA (click) esteja revisando os mesmos para um posterior posicionamento, tendo em vista os seus reultados serem bastante conflitantes com os já existentes. Muitas discussões pró e contra os estudos foram travadas, várias admitindo que este aumento da mortalidade esteja relacionado ao fenômeno da curva J (click), tendo em vista ter havido uma redução importante da PA, e a mortalidade esteja associada aos pacientes portadores de DCV, principalmente os com DAC.
Publicações: Clínica Japonesa (click) , Cardiotimes (click)