Já está mais do que provado a importância do exercício físico no tratamento e prevenção da HAS (click), mas algumas ressalvas têm que serem levadas em consideração: Apenas 75% do hipertensos apresentam este benefício, provavelmente por influência genética. Os pacientes de raça negra apresentam maior redução da pressão arterial sistólica, os asiáticos na diastólica, e os de meia idade são os mais respondedores, o que não quer dizer que outras raças e outras idades não o seja. Não existe diferença entre os sexos. A recomendação das VI Diretrizes de HAS da SBC (click) é que deve ter uma frequência de pelo menos cinco vezes por semana, intensidade leve a moderada, com uma duração de 30 a 60 minutos e de preferência aeróbico. Além dos benefícios sobre a HAS (click), a atividade física também previne doenças cardiovasculares, diminui o estresse, ansiedade, depressão, triglicérides, glicemia, resistência a insulina, ajuda a emagrecer, aumenta ao HDL-C, melhora a memória, desempenho sexual e previne e trata osteoporose.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
META PRESSÓRICA PARA HIPERTENSOS, DIABÉTICOS COM PROTEINÚRIA > 1g/dia.
Até pouco tempo atrás, as recomendações eram que quanto mais baixa a pressão, melhor, principalmente em pacientes de alto risco. Naqueles com proteinúria acima de 1g/dia, a recomendação era PA < 120 x 75mmHg, hoje o tema é controverso. O estudo ACCORD BP (click) comparou o controle intensivo da PA com meta sistólica < 120mgHg e controle mais conservador com meta sistólica < 140mmHg, em pacientes de alto risco, DM-2, e mostrou não haver benefícios com o tratamento intensivo em relação ao end point primário (total mortes, mortes cardiovasculares, infartos), além de ter apresentado mais reações adversas como hipotensão, aumento da creatinina e necessidade do uso de maior quantidade de medicamento para atingir a meta (mais de 3 medicamentos), houve um benefícios em relação a AVC. Vários estudos vem mostrando o fenômeno da curva J (click), onde a partir de um determinado nível, PAD < 80mmHg, observa-se um aumento da mortalidade de todas as causas nos pacientes com DAC, não foi observado este fenômeno em relação a pressão sistólica, nem aumento de AVCI. A partir destes dados as Diretrizes mais recentes como a Brasileira (click) e Européia (click), passaram a recomendar como meta pressórica nos pacientes de alto risco, principalmente diabéticos e nefropatas, PA < 130 x 80mmHg.
RESULTADO DO ENQUETE: 53% menor 120 x 75mmHg, 33% inferior a 130 x 80mmHg a correta e 13% marcou abaixo de 130 x 85mmHg.
RESULTADO DO ENQUETE: 53% menor 120 x 75mmHg, 33% inferior a 130 x 80mmHg a correta e 13% marcou abaixo de 130 x 85mmHg.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL COM RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL (3D-RA) COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA EM PACIENTES COM ESTENOSE DA ARTÉRIA DO RIM TRANSPLANTADO
Caro Cesimar,
Adriano Henrique P. Barbosa
Estou disponibilizando uma cópia de um artigo (click) que publicamos na Revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia Invasiva sobre o tratamento percutâneo da artéria de rim transplantado. O Hospital do Rim e Hipertensão é o hospital que mais faz Tx renal no Mundo, chegando a quase o dobro do segundo colocado nos EUA. Assim sendo, a chance de termos Estenose da Artéria do Rim Transplantado (EART) obviamente é mais alta. Atualmente sou o responsável aqui na UNIFESP pelas arteriografias desses pacientes com suspeita de disfunção do enxerto, assim sendo, desenvolvemos um projeto (eu e os residentes) usando a reconstrução tridimensional (3D) durante a arteriografia e obtemos um ótimo resultado com essa ferramenta na avaliação da estenose e na terapêutica (tamanho do stent etc.). Nosso trabalho será apresentado no próximo TCT em San Francisco. Diferentemente dos resultados de rim nativo, o tratamento do rim transplantado tem um alto impacto no controle da hipertensão e na disfunção renal. Como o seu blog é sobre hipertensão, e tendo a HAS como a principal causa de falência renal no nosso meio, acho que o artigo é válido.
Abraços,Adriano Henrique P. Barbosa
PS: Em tempo, brevemente publicaremos o impacto clínco do tratamento.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
RELAÇÃO ENTRE TABAGISMO E HIPERTENSÃO.
O tabagismo e hipertensão (click) são importantes fatores de risco para DCVs, que se agrava quando estão associados a outros como, diabetes e/ou dislipidemia. Existe um associação importante entre hipertensos e fumantes, o que torna a situação mais grave. Uma pergunta frequente é se a fumo aumenta a pressão arterial. O que se sabe é que o tabagismo estimula a atividade simpática, aumentando a frequência cardíaca e a contratilidade miocárdica, levando a um aumento da pressão arterial e do consumo de oxigênio, imediatamente e até em torno de 30 minutos após fumar, principalmente nos primeiros cigarros do dia, o que pode instabilizar alguma placa aterosclerótica e causar a uma síndrome coronária aguda. Mas o maior problema do tabagismo estar relacionado a doença aterosclerótica, por ser ele um dos mais importantes fatores de risco, e que torna-se bastante aumentado quando está associado pricipalmente a HAS, diabetes e dislipidemias.
sábado, 24 de setembro de 2011
SAL, HAS E DOENÇAS CARDIOVASCULARES - Metanálise de Taylor at al of 2011
De tempos em tempos, é publicado algum estudo tentando mostrar que o sal não tem importância na HAS e DCV, parece até que estas publicações são financiadas pela industria do sal. Já foi mais do que provado os malefícios do sódio na HAS e DCV, assim como se sabe que existem populações sal sensíveis como: Idosos, negros, obesos, renais, portadores de síndome metabólica, e não sensíveis, por isto devemos avaliar caso a caso. Recentemente foi publicada uma Metanálise (click) de estudos radomizados controlados (Texto completo, click), com sete estudos, três com normotensos, dois com hipertensos, um misto e um com IC, que não mostrou benefícios da redução de sódio, nos normo e hipertensos e aumento de mortadidade por todas as causas nos com IC, ela gerou muita discussão, inclusive um Manifesto da BHS (click), contestando-a e mostrando que existem trabalhos mais robustos provando ao contrário e que a conduta em relação ao sal não deve ser mudada diante desta publicação. Nos EEUU aonde a incidência de HAS e DCV é alta existe até um programa de Guerra ao Sal (click) . Até o momento não existem evidências que justifiquem mudanças de condutas em relação ao sódio na HAS e DCVs.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
ESTUDO SYMPLICITY HTN-2
O estudo SYMPLICITY HTN - 2 (click), avaliou a desnervação renal (click) endovascular através de radiofrequência na redução da pressão arterial, nos pacientes com HAS refratária, ou seja , PA maior ou igual a 140 x 90mmHg, apesar do uso de 3 ou mais hipotensores de classes diferentes, sendo um diurético de preferência clortalidona, o que correspondendo a 15% dos hipertensos. Foi um estudo randomizado, multicêntrico, realizado na Europa, Austrália e N. Zelândia. Foram avaliados 106 pacientes, divididos em dois grupos com características semelhantes, um para intervenção por ablação e outro apenas com a terapia medicamentosa, com PAS > 160mmHg. Nos pacientes submetidos a desnervação houve uma redução média de 32mmHg na PAS e 12mmHg na PAD, além de redução do uso de medicamentos em 20% dos pacientes, enquanto no grupo apenas medicamentoso, teve um aumento de 01mmHg ou manutenção dos níveis pressóricos (P<0,0001) sem eventos adversos no grupo da intervenção. A conclusão do estudo foi que a desnervação renal e eficaz nos pacientes com HAS refratária, podendo se tornar uma alternativa para este tipo de pacientes.
Assinar:
Postagens (Atom)