domingo, 16 de outubro de 2011

DIURÉTICO QUE MENOS INTERFERE NO PERFIL METABÓLICO DO HIPERTENSO

Os diuréticos são medicamentos antigos, bastante estudados, eficazes isoladamente ou em associação, principalmente nos negros, idosos e na HAS sistólica, mas tem o incoviniente de ter um perfil metabólico desfavorável, podendo aumentar principalmente os triglicérides e ácido úrico, diminuir o HDL-C, levar a intolerância a glicose e diabetes, e a aumentos menores no colesterol total e LDL-C, isto faz com que eles devam ser evitado nos pacientes com este perfil ou tendência a tê-lo, isso diminui os benefícios do controle da hipertensão em relação a doenças ateroscleróticas. Os estudos também mostram que nas dosagens mais baixas como hidroclorotiazida ( HCT ) e Clortalidona 12,5mg/dia, estes efeito adversos são bastante atenuados ou até inexistente, com as ações hipotensoras mantidas em relação as doses maiores. Dos tiazídicos a clortalidona (click) é mais potente com ação mais prolongada do que o HCT (click), devendo ser o preferido. Apesar disto eles ainda são recomendado como drogas de primeira escolhas por diretrizes como a americana (Joint - 7) (click), ou a segunda droga quando não for a primeira, ele potencializam muito as associações. A indapamida (click) que é derivado dos tiazídicos, tem o melhor perfil metabólico por não interferir no lípidico e glicídico.
ENQUETE: 55% indapamida; 22,5% clortalidona; 22,5% furosemida.
Publicações: Farmacologia, Artigo SBC, Artigo RBH, NEJMJornal ESC (click),

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ESTUDOS COLOCAM EM DÚVIDA A CARDIOPROTEÇÃO DE BRA.

Vários estudos já foram realizados e mostraram os benefícios dos BRAs (click) na redução da mortalidade cardiovasculares e cardioproteção. Recentemente dois estudos com um BRA, olmesartan, o ROADMAP   (click) e o ORIENT (click), que foram realizados principalmente para mostrarem nefroproteção, surpreendetemente foi observado aumento da mortalidade cardiovascular, nos grupos que usaram a olmesartan:
Resumo das conclusões do estudo ROADMAP
Resultado Olmesartan (n =2232) Placebo (n = 2215)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 15 3
Morte súbita cardíaca 7 1
Infarto do miocárdio fatal 5 0
Morte durante ou pós-PTCA ou CABG 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 2 2
Todas as mortes 26 15
> Stroke não-fatal 14 8
> MI não-fatal 17 26
 Resumo das conclusões do estudo ORIENT
Resultado Olmesartan (n = 282) Placebo (n = 284)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 10 3
Morte súbita cardíaca 5 2
Infarto do miocárdio fatal 1 1
Morte cardiovascular de causa desconhecida 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 3 0
Todas as mortes 19 20
> Stroke não-fatal 8 11
> MI não-fatal 3 7
O que fez com que o FDA (click) esteja revisando os mesmos para um posterior posicionamento, tendo em vista os seus reultados serem bastante conflitantes com os já existentes. Muitas discussões pró e contra os estudos foram travadas, várias admitindo que este aumento da mortalidade esteja relacionado ao fenômeno da curva J (click), tendo em vista ter havido uma redução importante da PA, e a mortalidade esteja associada aos pacientes portadores de DCV, principalmente os com DAC.
Publicações: Clínica Japonesa (click) , Cardiotimes (click)

domingo, 9 de outubro de 2011

The Rheos® Hypertension Therapy System™

O Sistema Rheos (click) no tratamento da HAS refratária é um método de tratamento invasivo da HAS refratária, encontra-se em estudo (click) na fase 3. Consiste na implantação, cirúrgica, de um gerador na região subclavicular com introdução de eletrodos nos seios carotídeos direito e esquerdo, gerando estímulos que vai estimular os barorreceptores desta região, fazendo com que o cérebro os recebas e interprete-os como fosse um aumento da pressão arterial e passe a liberá substâncias vasodilatadores, diuréticas e que diminuem a frequência cardíacas. Os estudos até a fase 2 mostraram uma redução média da PAS e PAD respectivamente, no primeiro ano de 25 x 15mmHg , no segundo de 22 x 15mmHg e no terceiro de 31 x 21mmHg. Não foram relatadas reações adversas em relação ao mesmo, apenas algumas de pequena gravidade relacionadas ao implante. Admite-se que nestes pacientes haja uma disfunção dos barorreceptores que não reconhem o aumento da pressão arterial e portanto não usam este mecanismo fisiológico. É importante lembrar que este sistema ainda está em fase de estudos, faltando uma comprovação definitiva.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DA HAS

Já está mais do que provado a importância do exercício físico no tratamento e prevenção da HAS (click), mas algumas ressalvas têm que serem levadas em consideração: Apenas 75% do hipertensos apresentam este benefício, provavelmente por influência genética. Os pacientes de raça negra apresentam maior redução da pressão arterial sistólica, os asiáticos na diastólica, e os de meia idade são os mais respondedores, o que não quer dizer que outras raças e outras idades não o seja. Não existe diferença entre os sexos. A recomendação das VI Diretrizes de HAS da SBC (click) é que deve ter uma frequência de pelo menos cinco vezes por semana, intensidade leve a moderada, com uma duração de 30 a 60 minutos e de preferência aeróbico. Além dos benefícios sobre a HAS (click), a atividade física também previne doenças cardiovasculares, diminui o estresse, ansiedade, depressão, triglicérides, glicemia, resistência a insulina, ajuda a emagrecer, aumenta ao HDL-C, melhora a memória, desempenho sexual e previne e trata osteoporose.

domingo, 2 de outubro de 2011

META PRESSÓRICA PARA HIPERTENSOS, DIABÉTICOS COM PROTEINÚRIA > 1g/dia.

Até pouco tempo atrás, as recomendações eram que quanto mais baixa a pressão, melhor, principalmente em pacientes de alto risco. Naqueles com proteinúria acima de 1g/dia, a recomendação era  PA < 120 x 75mmHg, hoje o tema é controverso. O estudo ACCORD BP (click)  comparou o controle intensivo da PA com meta sistólica < 120mgHg e controle mais conservador com meta sistólica < 140mmHg, em pacientes de alto risco, DM-2, e mostrou não haver benefícios com o tratamento intensivo em relação ao end point primário (total mortes, mortes cardiovasculares, infartos), além de ter apresentado mais reações adversas como hipotensão, aumento da creatinina e necessidade do uso de maior quantidade de medicamento para atingir a meta (mais de 3 medicamentos), houve um benefícios em relação a AVC. Vários estudos vem mostrando o fenômeno da curva J (click), onde a partir de um determinado nível,  PAD < 80mmHg, observa-se um aumento da mortalidade de todas as causas nos pacientes com DAC, não foi observado este fenômeno em relação a pressão sistólica, nem aumento de AVCI. A partir destes dados as Diretrizes mais recentes como a Brasileira (click) e Européia (click), passaram a recomendar como meta pressórica nos pacientes de alto risco, principalmente diabéticos e nefropatas,  PA < 130 x 80mmHg.
RESULTADO DO ENQUETE: 53% menor 120 x 75mmHg, 33% inferior a 130 x 80mmHg a correta e 13% marcou abaixo de 130 x 85mmHg.