quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ESTUDOS COLOCAM EM DÚVIDA A CARDIOPROTEÇÃO DE BRA.

Vários estudos já foram realizados e mostraram os benefícios dos BRAs (click) na redução da mortalidade cardiovasculares e cardioproteção. Recentemente dois estudos com um BRA, olmesartan, o ROADMAP   (click) e o ORIENT (click), que foram realizados principalmente para mostrarem nefroproteção, surpreendetemente foi observado aumento da mortalidade cardiovascular, nos grupos que usaram a olmesartan:
Resumo das conclusões do estudo ROADMAP
Resultado Olmesartan (n =2232) Placebo (n = 2215)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 15 3
Morte súbita cardíaca 7 1
Infarto do miocárdio fatal 5 0
Morte durante ou pós-PTCA ou CABG 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 2 2
Todas as mortes 26 15
> Stroke não-fatal 14 8
> MI não-fatal 17 26
 Resumo das conclusões do estudo ORIENT
Resultado Olmesartan (n = 282) Placebo (n = 284)
Total de mortes por doenças cardiovasculares 10 3
Morte súbita cardíaca 5 2
Infarto do miocárdio fatal 1 1
Morte cardiovascular de causa desconhecida 1 0
Acidente vascular cerebral fatal 3 0
Todas as mortes 19 20
> Stroke não-fatal 8 11
> MI não-fatal 3 7
O que fez com que o FDA (click) esteja revisando os mesmos para um posterior posicionamento, tendo em vista os seus reultados serem bastante conflitantes com os já existentes. Muitas discussões pró e contra os estudos foram travadas, várias admitindo que este aumento da mortalidade esteja relacionado ao fenômeno da curva J (click), tendo em vista ter havido uma redução importante da PA, e a mortalidade esteja associada aos pacientes portadores de DCV, principalmente os com DAC.
Publicações: Clínica Japonesa (click) , Cardiotimes (click)

domingo, 9 de outubro de 2011

The Rheos® Hypertension Therapy System™

O Sistema Rheos (click) no tratamento da HAS refratária é um método de tratamento invasivo da HAS refratária, encontra-se em estudo (click) na fase 3. Consiste na implantação, cirúrgica, de um gerador na região subclavicular com introdução de eletrodos nos seios carotídeos direito e esquerdo, gerando estímulos que vai estimular os barorreceptores desta região, fazendo com que o cérebro os recebas e interprete-os como fosse um aumento da pressão arterial e passe a liberá substâncias vasodilatadores, diuréticas e que diminuem a frequência cardíacas. Os estudos até a fase 2 mostraram uma redução média da PAS e PAD respectivamente, no primeiro ano de 25 x 15mmHg , no segundo de 22 x 15mmHg e no terceiro de 31 x 21mmHg. Não foram relatadas reações adversas em relação ao mesmo, apenas algumas de pequena gravidade relacionadas ao implante. Admite-se que nestes pacientes haja uma disfunção dos barorreceptores que não reconhem o aumento da pressão arterial e portanto não usam este mecanismo fisiológico. É importante lembrar que este sistema ainda está em fase de estudos, faltando uma comprovação definitiva.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DA HAS

Já está mais do que provado a importância do exercício físico no tratamento e prevenção da HAS (click), mas algumas ressalvas têm que serem levadas em consideração: Apenas 75% do hipertensos apresentam este benefício, provavelmente por influência genética. Os pacientes de raça negra apresentam maior redução da pressão arterial sistólica, os asiáticos na diastólica, e os de meia idade são os mais respondedores, o que não quer dizer que outras raças e outras idades não o seja. Não existe diferença entre os sexos. A recomendação das VI Diretrizes de HAS da SBC (click) é que deve ter uma frequência de pelo menos cinco vezes por semana, intensidade leve a moderada, com uma duração de 30 a 60 minutos e de preferência aeróbico. Além dos benefícios sobre a HAS (click), a atividade física também previne doenças cardiovasculares, diminui o estresse, ansiedade, depressão, triglicérides, glicemia, resistência a insulina, ajuda a emagrecer, aumenta ao HDL-C, melhora a memória, desempenho sexual e previne e trata osteoporose.

domingo, 2 de outubro de 2011

META PRESSÓRICA PARA HIPERTENSOS, DIABÉTICOS COM PROTEINÚRIA > 1g/dia.

Até pouco tempo atrás, as recomendações eram que quanto mais baixa a pressão, melhor, principalmente em pacientes de alto risco. Naqueles com proteinúria acima de 1g/dia, a recomendação era  PA < 120 x 75mmHg, hoje o tema é controverso. O estudo ACCORD BP (click)  comparou o controle intensivo da PA com meta sistólica < 120mgHg e controle mais conservador com meta sistólica < 140mmHg, em pacientes de alto risco, DM-2, e mostrou não haver benefícios com o tratamento intensivo em relação ao end point primário (total mortes, mortes cardiovasculares, infartos), além de ter apresentado mais reações adversas como hipotensão, aumento da creatinina e necessidade do uso de maior quantidade de medicamento para atingir a meta (mais de 3 medicamentos), houve um benefícios em relação a AVC. Vários estudos vem mostrando o fenômeno da curva J (click), onde a partir de um determinado nível,  PAD < 80mmHg, observa-se um aumento da mortalidade de todas as causas nos pacientes com DAC, não foi observado este fenômeno em relação a pressão sistólica, nem aumento de AVCI. A partir destes dados as Diretrizes mais recentes como a Brasileira (click) e Européia (click), passaram a recomendar como meta pressórica nos pacientes de alto risco, principalmente diabéticos e nefropatas,  PA < 130 x 80mmHg.
RESULTADO DO ENQUETE: 53% menor 120 x 75mmHg, 33% inferior a 130 x 80mmHg a correta e 13% marcou abaixo de 130 x 85mmHg.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ANGIOGRAFIA ROTACIONAL COM RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL (3D-RA) COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA EM PACIENTES COM ESTENOSE DA ARTÉRIA DO RIM TRANSPLANTADO

Caro Cesimar,
Estou disponibilizando uma cópia de um artigo (click) que publicamos na Revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia Invasiva sobre o tratamento percutâneo da artéria de rim transplantado. O Hospital do Rim e Hipertensão é o hospital que mais faz Tx renal no Mundo, chegando a quase o dobro do segundo colocado nos EUA. Assim sendo, a chance de termos Estenose da Artéria do Rim Transplantado (EART) obviamente é mais alta. Atualmente sou o responsável aqui na UNIFESP pelas arteriografias desses pacientes com suspeita de disfunção do enxerto, assim sendo, desenvolvemos um projeto (eu e os residentes) usando a reconstrução tridimensional (3D) durante a arteriografia e obtemos um ótimo resultado com essa ferramenta na avaliação da estenose e na terapêutica (tamanho do stent etc.). Nosso trabalho será apresentado no próximo TCT em San Francisco. Diferentemente dos resultados de rim nativo, o tratamento do rim transplantado tem um alto impacto no controle da hipertensão e na disfunção renal. Como o seu blog é sobre hipertensão, e tendo a HAS como a principal causa de falência renal no nosso meio, acho que o artigo é válido.
Abraços,
Adriano Henrique P. Barbosa
PS: Em tempo, brevemente publicaremos o impacto clínco do tratamento.