terça-feira, 31 de janeiro de 2012

JOINT SOCIETIES STATEMENT ON RENAL DESNERVATION FOR RESISTANT HYPERTENSION - JAN.2012

Recomendações conjuntas das Sociedades Britânicas sobre Desnervação Renal na Hipertensão Resistente, de janeiro de 2012.
A desnervação renal para tratamento da hipertensão resistente é um novo procedimento com base em evidências emergentes de eficácia e segurança. Este "Consenso foi preparado pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica de Orientação (NICE) e representantes das Sociedades Intervencionistas, para orientar o  procedimento intervencionista de Desnervação Renal (NICE IP418).
Elegibilidade para desnervação renal.
A recomendação com base em evidências é para pacientes com hipertensão resistente, definida como uma pressão arterial
sistólica sustentada maior ou igual a 160 mm Hg (≥ 150 mmHg em Diabetes Tipo 2), em uso de três ou mais anti-hipertensivos. Isto é equivalente a hipertensão estágio 2, e a uma média da pressão sistólica durante a vigília no MAPA maior do que 150 mmHg, conforme definição do Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (NICE) Guideline de Hipertensão de 2011. Recomenda ainda que, para ser elegível à desnervação renal o paciente deve ter progredido através dos medicamentos recomendados na etapa 4  do algoritmo de tratamento da  British Hypertension Society, ou seja: um IECA ou BRA mais um BCC, mais um diurético tiazidico, mais de preferência um antagonista da aldosterona, ou BB, ou alfabloqueador. A confirmação da pressão arterial sustentada levantadas pela monitorização ambulatorial da pressão arterial é essencial, para afastar hipertensão do "jaleco branco", ou alertar para uma causa de hipertensão aparentemente resistente. É importante que o acompanhamento e as decisões sejam tomadas por uma equipe multidisciplinar de especialistas em hipertensão e cardiologistas intervencionistas.
 

sábado, 28 de janeiro de 2012

COMBINAÇÃO DE TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA.

As Diretrizes de hipertensão (HAS) atuais, recomendam a associção de drogas anti-hipertensivas para  os pacientes com HAS a partir do estágio dois, recomendações estas baseadas em estudos como o HOT (click) , que demonstrou a necessidade de associação de duas ou mais drogas para atingir a meta em 71% dos hipertensos. Mas estas associações têm que ser baseadas num bom sinergismo e isto acontece principalmente quando associamos um IECA ou BRA com diurético ou BCC*. Sinergismo menos intenso mas recomendado acorre nas associações BB com diurético ou BCC*,  BCC*com diuréticos,  inibidores da atividade da renina com diurético. Associações com pouco sinergismo acorrem entre um BRA mais IECA, BRA ou IECA com BB, BB com Alfabloqueador e BCC não diidropiridìnico com BB. Quando se associa três ou mais anti-hipertensivos, o padrão ouro é IECA ou BRA com BCC* e diurético, de preferência a clortalidona, e caso necessite, a quarta deve ser um antagonista da aldosterona.
(*) Diidropiridínico
Publicação: JASH, (click)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PRESSÃO ARTERIAL NORMAL ALTA (PRÉ-HIPERTENSÃO) É UM PREDITOR DE RISCO DE FIBRILAÇÃO ATRIAL EM HOMENS SAUDÁVEIS.

A hipertensão é o fator de risco mais prevalente para a fibrilação atrial (FA) nos países do primeiro mundo, em ambos os sexos. Este foi um estudo publicado recentemente, on line 17 jan, 2012, hypertensionAHA (click), com objetivo de avaliar  o impacto a longo prazo da  pressão arterial (PA) normal alta (pré-hipertensão / limítrofe ) na incidência de FA, com base populacional de homens de meia idade. Em 1972 a 1975,  2.014 homens saudáveis ​​da Noruega foram incluídas no estudo,  que foi prospectivo, com exame clínico cardiovascular abrangente, incluindo medidas padronizadas PA. Durante 35 anos de follow-up, 270 homens foram documentados com FA, controlando todas em hospital. As estimativas de risco para o incidência de FA foram analisados ​​em quartis da PA utilizando  análises multivariadas de riscos proporcionais de Cox ajustadas.  Homens com PA de sistólica ≥ 140 mm Hg e PA normal alta de 128-138 mmHg tiveram 1,60 vezes (IC 95% 1,15-2,21) e 1,50 vezes o risco (1,10-2,03) de FA, respectivamente, em comparação com homens com PA <128 mmHg. Os com PA diastólica ≥ 80 mmHg aumentaram de FA 1,79 vezes (IC 95% 1,28-2,59) em comparação com a PA diastólica < 80mmHg.  Ao ajustar para a ocorrência de diabetes mellitus ou doenças cardiovasculares antes de um evento FA, os resultados ainda mantiveram significância. Análises adicionais, em média, incluindo os homens ainda saudáveis, mostrou que PA sistólica normal alta sustentada ainda permaneceu como preditor significativo de FA.
Em conclusão, a pressão arterial normal alta de longo prazo é um preditor de Fibrilação atarial em homens inicialmente saudáveis ​de meia idade.
Publicação: The Heart, SOBRAC (click)

sábado, 21 de janeiro de 2012

ESTUDO QUE NÃO MOSTROU BENEFÍCIO QUANDO O ALISQUIRENO FOI ASSOCIADO A UM BRA OU IECA EM PACIENTES COM NEFROPATIA DIABÉTICA, AUMENTANDO EVENTOS ADVERSOS COMO AVCI.

O estudo ALTITUDE, foi um estudo,  placebo-controlado duplo-cego de fase III, incluídos 8.606 pacientes com diabetes tipo 2 e insuficiência renal. Os pacientes foram aleatoriamente alocados para receber tratamento com Alisquireno 300 mg uma vez ao dia ou placebo, em cima de tratamento cardiovascular ótima usando um inibidor da ECA ou bloqueador dos receptores da angiotensina.
O objetivo foi avaliar os benefícios potenciais de Alisquireno em reduzir o risco de eventos cardiovasculares e renal nesta população de pacientes.
Nos pacientes que foram tratados com Alisquireno em combinação com o tratamento padrão, houve uma incidência significativamente maior de acidente vascular cerebral não fatal, complicação renal, hipercalemia e hipotensão após 18-24 meses de follow-up. O estudo foi interropido antes do final por recomendação do comitê independente de monitoramento de dados ao patrocinador do estudo, Novartis.  A recomendação das agência de vigilâncias da Europa e do fabricante é que não seja prescrito Alisquireno associado a um IECA ou BRA em pacientes diabéticos, e aqueles que já usam esta associação a mesma seja desfeita.
 Helen Williams, consultor farmacêutico para doenças cardiovasculares no sul de Londres, disse que os resultados do estudo ALTITUDE não foram totalmente inesperados: "Estudos anteriores de inibição dual do sistema renina-angiotensina (IECA mais ARB) relataram aumento de efeitos adversos - especificamente , hipotensão e disfunção renal -. e nenhum benefício "

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO SISTÓLICA COM CLORTALIDONA REDUZ A MORTALIDADE EM LONGO PRAZO

Estudo com seguimento de 22 anos, em pacientes acima de 60 anos, portadores de HAS sistólica isolada, comparando clortalidona a placebo, mostrou uma redução significativa da mortalidade cardiovascular no grupo clortalidona. Foi um ganho de aproximadamente um dia de vida a cada 30. Este foi um estudo que pela primeira vez mostrou redução de mortalidade com o uso de um anti-hipertensivo.
Publicação: Cardiosource (click)

sábado, 14 de janeiro de 2012

TRATAMENTO DA PRÉ-HIPERTENSÃO REDUZ O RISCO DE AVE


Uma metanálise publicada recentemente ( published online December 8 in Stroke, the Journal of the American Heart Association), mostrou redução de AVE em pacientes pré-hipertensos, de acordo com as diretrizes americanas (JNT-7), tratados. Foram incluidos 16 estudos randomizados, controlados, num total de 70.664 pacientes. Para serem incluídos na análise, os estudos deveriam incluir pacientes com a pressão sistólica média de base entre 120 e 140 mmHg e uma pressão diastólica menor que 90 mmHg. Também precisavam ter no mínimo um grupo de comparação tratado com placebo, ter relatado a incidência de AVE, e ter usado uma medicação anti-hipertensiva.
Oito, dos estudos, usaram IECA, quatro BRA, dois  BCC , um grupo com BCC e IECA, e um utilizou  IECA e/ou  BCC.
A análise mostrou que, comparados com os que receberam o placebo, aqueles que receberam tratamento anti-hipertensivo tiveram uma redução de 22% na incidência de AVE (risco relativo, 0,78; intervalo de confiança de 95%: 0,71 – 0,86; p < 0,000001).
A redução do risco de AVE pode ser aplicada a todas as classes de anti-hipertensivos. Os pacientes randomicamente inscritos para receberem IECA ou BCC tiveram uma redução de cerca de 25% no risco de AVE comparado com o placebo, enquanto aqueles recebendo um BRA tiveram o risco reduzido em 15%.
Os investigadores não encontraram estudos que compararam diuréticos, alfa-bloqueadores ou betabloqueadores na população pré-hipertensa.  Assim  não se  sabe se essas medicações teriam o mesmo efeito benéfico em termos de redução do risco de AVE nessa população. 
Os autores não recomendam que se passe a tratar todos os pacientes pré-hipertensos de uma maneira geral, mas deve ser dada uma maior atenção aqueles de risco aumentados como: diabéticos, nefropatas, DCV.
Publicações: The Heart, Medscape, Stroke, (click)