A hipertensão arterial é uma prioridade de saúde pública nos países desenvolvidos e em todo o mundo, e está fortemente associada com maior risco e progressão de doenças cardiovasculares e renais. A projeção é que 29% da população adulta do mundo desenvolva hipertensão até 2025, portanto tanto a prevenção como o controle da hipertensão se tornou uma prioridade. A hipertensão pode ser atribuída a fatores genéticos e ambientais, bem como as interações entre estes determinantes. A dieta é o mais forte fator ambiental a influenciar a PA, com a redução da ingestão de sal, o aumento da ingestão de potássio e a diminuição do consumo de álcool tendo o maior impacto na sua redução. Um padrão alimentar abundante em frutas, legumes e produtos de baixo teor de gordura, como uma redução da ingestão de gorduras totais e saturada, podem reduzir consideravelmente a PA em indivíduos normotensos e hipertensos. Notavelmente, esta dieta, quando inclui produtos lácteos, provou ter um efeito mais pronunciado na redução da pressão arterial do que uma dieta rica em frutas e vegetais sozinha. Isto destaca o papel potencial dos produtos lácteos na prevenção e / ou tratamento de hipertensão. Uma revisão sistemática foi realizada para examinar a associação entre a ingestão de alimentos lácteos durante a vida adulta e o desenvolvimento de Hipertensão Arterial (HAS), especificamente comparando a sua associação com o consumo de alimentos com baixo teor com alimentos de alto teor de gordura, bem como queijo versus alimentos lácteos liquidos (leite ou iogurte).
Pesquisas anteriores que examinaram associações entre o consumo de laticínios e PA tem mostrado relações inconsistentes, alguns estudos transversais indicam que a ingestão de leite pode ser inversamente associado com o risco de hipertensão. Apesar de apoiada por dados que emergem de alguns estudos prospectivos, não ficou claro se o efeito redutor da pressão arterial foi por causa do consumo de alimentos lácteos em si ou por causa do cálcio encontrado nestes alimentos. Além disso, vários outros estudos não encontraram nenhuma associação significativa entre a ingestão de laticínios e PA. O objetivo desta revisão sistemática foi, portanto, examinar a associação entre a ingestão de alimentos lácteos durante a vida adulta e HAS. Foram feitas comparações entre os efeitos de alimentos com baixo teor contra alimentos de alto teor de gorduras, bem como entre os alimentos lácteos sólidos (queijo) versus alimentos líquidos (leite ou iogurte). Esta foi a primeira revisão sistemática de meta-análise a fazer essas comparações. Compreender essas relações podem auxiliar no desenvolvimento de mensagens de saúde pública para o público, e fornecer uma base concreta para aqueles que prestam aconselhamento dietético para a população. A American Heart Association e as Dietary Guidelines for Americans recomendam inclui porções de produtos lácteos sem gordura ou com pouca gordura diariamente.
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