A obesidade está aumentando em todo o mundo e junto com ela vários fatores de riscos cardiovasculares, sendo a hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) um dos mais importantes. A maioria dos estudos radomizados sobre HAS tem mostrado um IMC médio de 29 a 30. Isto sugere que a maior parte dos hipertensos adultos têm sobrepeso ou obesidade e a maioria dos obesos adultos são hipertensos.
Para examinar a relação entre obesidade central e hipertensão, e se os pacientes obesos podem se beneficiar de redução agressiva da pressão arterial (PA), foi feito uma subanálises do estudo ACCORD. O estudo ACCORD, que terminou há vários anos, incluiu cerca de 10.000 pacientes que foram aleatoriamente designados para comparar o controle intensivo com não intensivo da glicemia e outro braço o controle intensivo com não intensivo da PA. Este braço que analisou o controle da PA, randomizou 4.700 pacientes, a metade com tratamento que tinha como meta uma pressão arterial sistólica de 120 mm Hg e a outra metade alcançar PA sistólica entre 130-135 mmHg. O resultado geral do estudo PA não demonstrou nenhuma diferença entre os grupos padrão e intensivo, em relação aos desfechos primários - infarto não fatal e acidente vascular cerebral não fatal, e morte CV. Houve uma diferença significativa, com redução de AVC no tratamento intensivo em relação com a terapia padrão. A conclusão do estudo foi que o tratamento intensivo da PA foi eficaz na prevenção do AVC, sendo necessário tratar 89 pacientes durante 05 anos para evitar um AVC.
Em relação aos paciente com obesidade central os desfechos primários, infarto do miocárdio não fatal e AVC não fatal e morte CV, o P [valor] não alcançou significância estatística. Em outras palavras, o benefício alcançado a partir de tratamento intensivo versos não intensivo não foi diferente entre os quartis de obesidade. Da mesma forma para acidente vascular cerebral, o benefício do tratamento intensivo verso não intensive não diferiu entre os quartis de obesidade central, que foram medidos através de cintura-altura. Quando se utilizou apenas a cintura como uma medida da obesidade central, os resultados foram os mesmos. Quando os resultados foram ajustadas para o grau de obesidade central, mais uma vez as conclusões gerais do estudo permaneceram as mesmas.
De acordo com o estudo ACCORD o tratamento intensivo da PA, previne acidente vascular cerebral, mas não os outros eventos. Quantos aos com obesidade central não houve diferença, inclusive em relação ao grau de obesidade. Os pesquisadores analisaram tambem a associação entre obesidade central e qualquer um dos resultados do ACCORD, não houve forte associação entre o resultado primário, infarto do miocárdio não fatal e acidente vascular cerebral com o grau de obesidade central, mas a mortalidade por DCV foi associado à obesidade central. Portanto quanto mais obeso for o paciente, maior é o risco de morte cardiovascular.
Apresentado: Na Associação Americana de Diabetes 72nd Sessões Científicas, Junho 8-12, 2012; Filadélfia.
Referência: Cardiologytoday (click)
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