sábado, 11 de fevereiro de 2012

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO EM DIABÉTICOS BASEADO EM EVIDÊNCIAS.

Tanto a intolerância à glicose como a diabetes estão associados a prevalência substancialmente aumentada de hipertensão, doenças cardiovasculares e renais. A meta para tratamento da hipertensão arterial em pacientes diabéticos está em evolução, devido aos recentes ensaios clínicos. Por exemplo, os resultados das recentes ações para controlar o risco cardiovascular em Diabetes. O braço BP doo ACCORD BP trail (click) falhou em mostrar um beneficio adicional na redução de eventos cardiovasculares com uma PA sistólica de 119 mm Hg. A análise post hoc de 6400 pacientes com diabetes tipo 2 do Internacional de Verapamil Estudo Trandolapril (INVEST)(click) também não conseguiu mostrar redução adicional do risco cardiovascular entre os pacientes que alcançara uma PA <130 x 80 mm Hg. Enquanto as evidências falham em mostrar que uma redução intensiva da PA com objetivo de reduzir eventos coronarianos, houve uma redução de risco de AVC, tanto no Estudo ACCORD e o adequado controle da pressão arterial no NIDDM (ABCD) trial (click). Um certo número de outros ensaios clínicos também demonstram que quando as pressões sistólica cair para menos de 130 mm Hg, há uma redução de AVE, mas não de doença coronária. Assim, o objectivo preciso da PA para diabéticos permanece sem solução. Gostaríamos postular que um PA inferior 135 x 85 mmHg pode ser uma meta razoável para a redução da PA, com impacto na doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral, com base em estudos existentes.
Referência: The Journal of Clinical Hypertension Vol 14 | No 2 | February 2012 (click).
Publicação: Medscape, PubMed, PubMed (click)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

HIPERTENSÃO ARTERIAL E DEMÊNCIA

Embora a hipertensão seja conhecida como uma causa de demência vascular (DV), descobertas recentes destacam o papel da hipertensão na patogênese da doença de Alzheimer (DA), bem como no comprometimento cognitivo leve (CCL). Estudos recentes têm mostrado que as alterações da pressão arterial diurna (PA) está intimamente associada com comprometimento cognitivo via lesão das pequenas artérias cerebrais, indicando que de longa data a hipertensão constitui um risco de atrofia cerebral ou lesões da substância branca (ACLSB). Em vários ensaios clínicos, sugeram que a pressão arterial baixada com agentes anti-hipertensivos reduz o risco de demência ou declínio cognitivo. Este artigo de revisão (click) enfoca o papel da hipertensão arterial como um fator de risco para déficit cognitivo, e resume os conhecimentos atuais sobre as relações entre monitoramento ambulatorial da PA (MAPA) e comprometimento cognitivo. Finalmente, é fornecido uma visão geral do impacto da terapia anti-hipertensiva na prevenção de demência. 
Referência: American Journal of Hypertension,(click) 2010; 23 2, 116-124. 
Publicações: Hypertension, NCBI, The Lancet, Medscape, (click).

sábado, 4 de fevereiro de 2012

DE ACORDO COM O GUIDELINE BRITÂNICO/NICE DE HAS 2011, OS NÍVEIS PRESSÓRICOS RECOMENDADOS PARA PESSOAS ACIMA DE 8O ANOS SÃO:

De acordo com o Guideline Britânico/NICE de HAS 2011 (click), os níveis tensionais recomendados para pessoas acima de 80 anos, deve ser inferior a 150 x 90mmHg e àqueles com menos de 80 anos, abaixo de  140 x 90mmHg. Ele também recomenda que para pacientes com mais de 55 anos o anti-hipertensivo de preferência deve ser um BCC, caso não a controle deve-se associar a um IECA ou BRA. Para aqueles com idade inferior a 55 anos deve-se dar preferência a um IECA ou BRA, caso não a controle devemos associar a um BCC , se com estas associações não for possível controlar a PA, ele recomenda acrescentar um diurético de preferência clortalidona ou indapamida.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

JOINT SOCIETIES STATEMENT ON RENAL DESNERVATION FOR RESISTANT HYPERTENSION - JAN.2012

Recomendações conjuntas das Sociedades Britânicas sobre Desnervação Renal na Hipertensão Resistente, de janeiro de 2012.
A desnervação renal para tratamento da hipertensão resistente é um novo procedimento com base em evidências emergentes de eficácia e segurança. Este "Consenso foi preparado pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica de Orientação (NICE) e representantes das Sociedades Intervencionistas, para orientar o  procedimento intervencionista de Desnervação Renal (NICE IP418).
Elegibilidade para desnervação renal.
A recomendação com base em evidências é para pacientes com hipertensão resistente, definida como uma pressão arterial
sistólica sustentada maior ou igual a 160 mm Hg (≥ 150 mmHg em Diabetes Tipo 2), em uso de três ou mais anti-hipertensivos. Isto é equivalente a hipertensão estágio 2, e a uma média da pressão sistólica durante a vigília no MAPA maior do que 150 mmHg, conforme definição do Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (NICE) Guideline de Hipertensão de 2011. Recomenda ainda que, para ser elegível à desnervação renal o paciente deve ter progredido através dos medicamentos recomendados na etapa 4  do algoritmo de tratamento da  British Hypertension Society, ou seja: um IECA ou BRA mais um BCC, mais um diurético tiazidico, mais de preferência um antagonista da aldosterona, ou BB, ou alfabloqueador. A confirmação da pressão arterial sustentada levantadas pela monitorização ambulatorial da pressão arterial é essencial, para afastar hipertensão do "jaleco branco", ou alertar para uma causa de hipertensão aparentemente resistente. É importante que o acompanhamento e as decisões sejam tomadas por uma equipe multidisciplinar de especialistas em hipertensão e cardiologistas intervencionistas.
 

sábado, 28 de janeiro de 2012

COMBINAÇÃO DE TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA.

As Diretrizes de hipertensão (HAS) atuais, recomendam a associção de drogas anti-hipertensivas para  os pacientes com HAS a partir do estágio dois, recomendações estas baseadas em estudos como o HOT (click) , que demonstrou a necessidade de associação de duas ou mais drogas para atingir a meta em 71% dos hipertensos. Mas estas associações têm que ser baseadas num bom sinergismo e isto acontece principalmente quando associamos um IECA ou BRA com diurético ou BCC*. Sinergismo menos intenso mas recomendado acorre nas associações BB com diurético ou BCC*,  BCC*com diuréticos,  inibidores da atividade da renina com diurético. Associações com pouco sinergismo acorrem entre um BRA mais IECA, BRA ou IECA com BB, BB com Alfabloqueador e BCC não diidropiridìnico com BB. Quando se associa três ou mais anti-hipertensivos, o padrão ouro é IECA ou BRA com BCC* e diurético, de preferência a clortalidona, e caso necessite, a quarta deve ser um antagonista da aldosterona.
(*) Diidropiridínico
Publicação: JASH, (click)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PRESSÃO ARTERIAL NORMAL ALTA (PRÉ-HIPERTENSÃO) É UM PREDITOR DE RISCO DE FIBRILAÇÃO ATRIAL EM HOMENS SAUDÁVEIS.

A hipertensão é o fator de risco mais prevalente para a fibrilação atrial (FA) nos países do primeiro mundo, em ambos os sexos. Este foi um estudo publicado recentemente, on line 17 jan, 2012, hypertensionAHA (click), com objetivo de avaliar  o impacto a longo prazo da  pressão arterial (PA) normal alta (pré-hipertensão / limítrofe ) na incidência de FA, com base populacional de homens de meia idade. Em 1972 a 1975,  2.014 homens saudáveis ​​da Noruega foram incluídas no estudo,  que foi prospectivo, com exame clínico cardiovascular abrangente, incluindo medidas padronizadas PA. Durante 35 anos de follow-up, 270 homens foram documentados com FA, controlando todas em hospital. As estimativas de risco para o incidência de FA foram analisados ​​em quartis da PA utilizando  análises multivariadas de riscos proporcionais de Cox ajustadas.  Homens com PA de sistólica ≥ 140 mm Hg e PA normal alta de 128-138 mmHg tiveram 1,60 vezes (IC 95% 1,15-2,21) e 1,50 vezes o risco (1,10-2,03) de FA, respectivamente, em comparação com homens com PA <128 mmHg. Os com PA diastólica ≥ 80 mmHg aumentaram de FA 1,79 vezes (IC 95% 1,28-2,59) em comparação com a PA diastólica < 80mmHg.  Ao ajustar para a ocorrência de diabetes mellitus ou doenças cardiovasculares antes de um evento FA, os resultados ainda mantiveram significância. Análises adicionais, em média, incluindo os homens ainda saudáveis, mostrou que PA sistólica normal alta sustentada ainda permaneceu como preditor significativo de FA.
Em conclusão, a pressão arterial normal alta de longo prazo é um preditor de Fibrilação atarial em homens inicialmente saudáveis ​de meia idade.
Publicação: The Heart, SOBRAC (click)