domingo, 27 de maio de 2012

ESTUDO MOSTRA QUE OUVIR MÚSICA INFLUENCIA NA PRESSÃO ARTERIAL, TERAPIA DE RELAXAMENTO NÃO.

   Dois estudos apresentados esta semana no American Society of Hypertension (ASH), Sessão 2012, em Nova Iorque, destaca a influência da música e terapia de relaxamento nos níveis de pressão arterial. Em um estudo, pesquisadores observaram que ouvir Mozart no consultório médico, pode diminuir os níveis de pressão arterial, enquanto no outro, programa de redução de estresse não conseguiu baixar os níveis de pressão arterial, em um grupo de pacientes ​​com hipertensão estágio I, sem anti-hipertensivos.
   No primeiro estudo, a pressão arterial foi medida usando um aparelho automatizado para pressão arterial (BpTRU BPM-100, Quick Medical), enquanto o paciente estava sentado em uma cadeira ouvindo música clássica, rock, ou nenhuma música. Eles descobriram que a música rock, especificamente "Bicycle Race" pela banda de rock Queen, aumentou a pressão arterial, enquanto nos que ouviram Mozart a pressão arterial baixou.
   A pressão arterial foi medida em três períodos consecutivos em 40 pacientes com hipertensão leve a moderada. Depois de verificar em silêncio durante oito minutos, a média da pressão sistólica e diastólica foi de 144,6 e 87,4 mmHg, respectivamente. Nos mesmos pacientes, as médias sistólica e diastólica diminuíram enquanto ouviam Mozart, até 138,1 e 83,9 mmHg, respectivamente, enquanto a pressão arterial sistólica aumentou para 147,8 nos que ouviram Queen e a diastólica manteve-se semelhante ao que foi observado durante o silêncio.
   No mesmo evento foi apresentado um estudo da redução do estresse para controle da pressão arterialO HARMONY (click) estudo de redução de estresse, que incluiu 101 homens e mulheres com base  em níveis maiores do que 135 x 85mmHg na monitorização ambulatorial de 24 horas.
   O programa de gestão de estresse é atualmente financiado pelo governo provincial do Ontário, para depressão, ansiedade e dor, e foi mostrado que fornece benefício em pacientes com transtornos alimentares, bem como aqueles com psoríase. É um programa de oito semanas, que inclui uma sessão de duas horas e meia, uma vez por semana. Os pacientes foram ensinados a fazer yoga, técnicas de redução de estresse e imaginação guiada, com a intenção de trazer atenção para suas atividades diárias.
   Há dados na literatura sugerindo que a redução do stress pode reduzir a pressão arterial. No geral, quando se comparou os níveis de pressão arterial de quem terminou a intervenção com aqueles níveis ao entrar no programa, houve uma queda consistente da pressão arterial, mas não foi estatisticamente significativa. Os investigadores observaram uma reduções da pressão arterial sistólica em 24 horas de 1,3 mmHg a 2,0 mmHg, bem como da pressão diastólica de 0,6 mm Hg a 1,3 mmHg. Eles também observaram reduções nas pressões arteriais sistólica e diastólica tanto na vigília como no sono, mas estas reduções não alcançaram significância estatística.
   Dada a ausência de benefício com o programa de gestão de estresse em relação a hipertensão arterial, o autor disse que quase todos os estudos anteriores que mostraram benefícios em termos de redução da pressão arterial incluiram pacientes que tomavam medicamentos anti-hipertensivos. É possível que esses pacientes puderam ter tido melhores resultados, porque eles foram aderindo aos seus medicamentos. Enquanto este estudo incluiu apenas pacientes que não estavam tomando medicamentos anti-hipertensivos.  Assim, duas conclusões pode-se tirar: Uma, que é preciso repetir o estudo com um número maior de pacientes para descobrir se os resultados são verdadeiros, e a segunda, é que o programa pode ser uma terapia adjuvante eficaz para os pacientes já em uso de medicação. 
Referência: TheHeart.org (click)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

DEZ ITENS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL.

   A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma ameaça à saúde em todo o mundo. Aqui estão 10 fatos que se deve saber sobre a pressão arterial elevada.  
   A HAS é uma condição muito comum. Cerca 20% da população tem pressão arterial elevada. Entre 55 e 65 anos de idade, a chance de se desenvolver HAS é de 40% . E mesmo quem não tenha pressão arterial elevada nesta faixa etária,  terá 90% de chance de desenvolvê-la nos próximos 20 anos. 
   A Hipertensão é conhecida como o assassino silencioso. Na maioria dos casos,  não apresenta sintomas, e quase 20% das pessoas que a têm nem sequer sabe que é hipertenso. Embora possa não apresentar sintomas ela deve ser tratada, pois o tratamento não é para os sintomas, mas para evitar as suas  complicações. 
   O paciente deve saber o alvo da sua pressão arterial. Para a maioria das pessoas, a pressão arterial ideal abaixo de 140/90mmHg. Mas os portadores de diabetes, doenças cardiovasculares ou nefropatias, a recomendação das diretrizes atuais é que seja inferior a 130/80mmHg. 
   Se a HAS não for controlada, aumenta o risco  de acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, ICC, doenças renal terminal, demência, disfunção sexual, aneurisma e dissecção de aorta e vasculopatia periférica. O risco de doenças relacionadas com o coração e morte aproximadamente dobra a cada aumento de 20 mmHg na pressão arterial sistólica e 10 mmHg na pressão arterial diastólica. 
   Existem alguns fatores de riscos para HAS que não podem ser controlados, como a historia familiar. Portanto as pessoas que tem familiares com hipertensão,  principalmente os do primeiro grau, devem tomar mais cuidado e intensificar o combate aos outros fatores.
   Alguns fatores de riscos podem ser controlados, tomando medidas para melhorar os hábitos e o estilo de vida, uma dieta saudável e com baixo teor de sódio, combater o sedentarismo com exercícios físicos regulares, limitar a ingestão de álcool, cuidado com sobrepeso, tabagismo e estresse
   Especialistas estimam que cerca de 30% de todas as pressões altas são causadas pelo excesso de sal. Algo tão simples como reduzir o consumo de sal pode ajudar a reduzir sua pressão arterial.
  Alguns medicamentos podem aumentar a pressão arterial, como os anti-inflamatórios hormonais e não hormonais, remédios para resfriados que contenham pseudoefedrina, e para emagrecer, etc.
   A pressão arterial pode ser controlada com mudanças nos hábitos de vida, mas algumas vezes há a necessidade de usar medicamentos. Estudos mostram que o uso de doses mais baixas de mais de um medicamento pode ajudar a controlar a pressão arterial melhor e com menos efeitos colaterais, do que tomar altas doses de um só medicamento. Isso não significa necessariamente que a pessoa tenha que tomar um punhado de comprimidos diferentes.
   Para que a medicação possa funcionar corretamente, as pessoas hipertensas deve tomá-la regularmente. Isto pode ser complicado, especialmente porque a hipertensão, muitas vezes não causa sintomas. O paciente pode se sentir bem e simplesmente esquecer de tomar o medicamento, e isto pode dificultar o controle da mesma.  
Referência: Heart Disease (click)

sábado, 19 de maio de 2012

FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL.

   A ciência já identificou diversos fatores que podem aumentar o risco de se desenvolver hipertensão arterial e, portanto, o risco de doença coronaria, doenças cardíacas e AVCs.    Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de  hipertensão arterial sistêmica (HAS) são:
 
História familiar: Se os seus pais ou parentes próximos tem HAS, você é mais propensos a desenvolvê-la também. Você também pode passar esse fator de risco para seus filhos. Por isso que é importante verificar a pressão arterial pelo menos uma vez por ano. Você não pode controlar a hereditariedade, mas você pode tomar medidas para ter uma vida saudável e reduzir os fatores de risco. A escolha do estilo de vida saudável têm permitido que muitas pessoas com forte história familiar de HAS possa evitar ou retardar o seu aparecimento.
    Idade avançada:  À medida que envelhecemos, todos nós desenvolvemos maior risco de pressão alta e doenças cardiovasculares. Os vasos sanguíneos perder a flexibilidade com a idade que pode contribuir para o aumento de pressão.
  
Gênero: Maior porcentagem de homens do que mulheres têm HAS até 45 anos de idade. Entre 45 e 54, e 55 a 64, os percentuais de homens e mulheres com HAS são semelhantes. Depois disso, uma porcentagem muito maior de mulheres tem HAS do que os homens.
  Sedentarismo:
A atividade física é bom para o coração e sistema circulatório. Um estilo de vida sedentário aumenta a chance de ter pressão alta, doença cardíaca, e acidente vascular cerebral (AVC). A inatividade também torna mais fácil para se tornar sobrepeso ou obesidade que tambem predispõe a HAS. Portanto pratique atividade física moderada a vigorosa, durante 30 a 60 minutos, 3 a 5 vezes por semana
  
Má alimentação, especialmente as que inclui excesso de sal: Uma dieta rica em calorias, gorduras e açúcares, e pobre em nutrientes essenciais contribui diretamente para a vida não saudável, bem como a obesidade. Além disso, existem alguns problemas que podem ocorrer quando se come muito sal. Algumas pessoas são "sal sensíveis", ou seja, quanto mais rica a dieta em sal, maior a PA. Outras não são sal sensíveis, a PA não aumenta ou aumenta pouco com a ingestão de sal. Sal mantém os líquidos em excesso no organismo aumentando a PA e a carga sobre o coração.
    
Sobrepeso e obesidade:   Estar acima do peso aumenta suas chances de desenvolver pressão alta. Um índice de massa corporal entre 25 e 29 é considerado sobrepeso, e superior ou igual a 30 é considerada obesidade.  Excesso de peso aumenta a PA, os níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, e reduz os níveis de HDL (bom colesterol). Além de aumentar a predisposição a diabetes. A perda de 10 a 20 quilo ajuda a diminui a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas.
   Beber álcool em excesso:   O uso excessivo e regular de álcool pode aumentar a pressão arterial de forma dramática. Ele também pode causar insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e causar arritmias. O excesso de álcool pode também aumentar os níveis de triglicéridos, câncer e outras doenças, obesidade, suicídio e acidentes.  Deve-se limitar o consumo de álcool a não mais que dois drinques por dia para homens e um por dia para mulheres. Um drinque equivale a uma cerveja, um taça de vinho, ou uma dose de bebidas destiladas.

   Apnéia do sono: Apnéia do sono é um distúrbio potencialmente ameaçadora da vida, em que os tecidos colapsam sobre a garganta e bloquear as vias respiratórias. O cérebro obriga-o despertar o suficiente para abrir a traquéia e o ciclo começa novamente. Pausas na respiração podem contribuir para a fadiga e sonolência durante o dia, aumentando os riscos de acidentes, e tornando difícil a execução das tarefas que exijem atenção. Ela é um fator de risco para  HAS, insuficiência cardíaca, diabetes e AVC.
   Possíveis fatores que contribuem: 
   Há alguma conexão entre a pressão arterial e estes fatores, mas a ciência não provou que eles realmente causam hipertensão arterial.   
  Estresse: Estar em uma situação estressante pode aumentar temporariamente a sua pressão arterial, mas a ciência não provou que o estresse provoca HAS. Alguns cientistas observaram uma relação entre o risco de doença cardíaca coronária e estresse, comportamentos da saúde e situação socioeconômica. O estresse pode afetar outros fatores de risco estabelecidos para a HAS e doença cardíaca. Por exemplo, as pessoas sob estresse pode comer mais ou comer uma dieta menos saudável, não fazer atividade física, beber,  fumar, etc. Encontre maneiras de reduzir o estresse.
  Tabagismo:
Fumar aumenta temporariamente a pressão arterial e danos as artérias. O uso do tabaco pode ser devastador para a sua saúde, especialmente se você já tem risco de HA. O fumante passivo - exposição à fumaça de outras pessoas - aumenta o risco de doença cardíaca em relação ao não-fumantes.
  Referência: AHA (click)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ENCONTRAR UM EQUILÍBRIO: MENOS SÓDIO E MAIS POTÁSSIO.

   Evitar o inimigo ( sal ) é sua arma principal, mas você também tem um aliado que muitas pessoas não sabem: ​​comer mais potássio.   "Mais e mais, estamos percebendo o quão importante o potássio desempenha um papel na redução da pressão arterial", disse Rachel K. Johnson, Ph.D., MPH, RD, nutricionista em Burlington, Vermont, American Heart Association. 
   Os perigos de sódio: 
   Sabe-se que 98% dos americanos comem mais que o dobro de sódio,  muito além do que é recomendado para uma dieta saudável, em média de 3.436 miligramas por dia, no Brasil aproximadamente 6 mg/dia de sódio ( para convertermos sódio em gramas de sal, devemos multiplicar o sódio por 2,5 e dividirmos por 1000 ). No entanto, se cortarmos a ingestão média diária  de sódio para menos de 1.500 miligramas por dia, como recomenda a American Heart Association - a pressão arterial elevada diminuiria cerca de 26% e mais de US$ 26 bilhões em custos com a saúde seria economizado por em um ano.   A maioria dos alimentos em seu estado natural contêm algum sódio. Mais de 75% do sódio que se consome vem de alimentos processados. Assim é importante ler os rótulos  dos alimentos para escolher os mais saudáveis ​​na  hora de comprar, porque o sódio pode aumentar a sua pressão arterial, mantendo o excesso de líquido no corpo - sobrecarregando o coração.
   O Poder de Potássio:
   Por outro lado, o potássio é uma arma potente, porque quanto mais potássio se consomem,  mais sódio é excretado pela urina, para fora do corpo. O potássio ajuda a relaxar as paredes dos vasos sanguíneos, o que ajuda a reduzir a pressão arterial. 
   Consumir mais potássio não é uma desculpa para não se preocupar com a quantidade de sal na dieta, mas pode certamente ajudar a atenuar os efeitos do sódio na pressão arterial. 
   Alimentos ricos em potássio são: Batata, verduras, espinafre, cogumelos, feijão, ervilhas, bananas,  tomate, suco de tomate e molho de tomate (olhar para baixo teor de sódio versões), laranjas e suco de laranja, melões, ameixas e suco de ameixa, damascos e suco de damasco, passas e tâmaras, linguado, atum, melaço de cana de açúcar.
   Na verdade, muitas das fontes naturais de potássio - frutas, alimentos sem gordura ou com baixo teor e peixes - fazem parte das dietéticas para hipertensão como a DASH. A ingestão diária de potássio recomendada para um adulto é de cerca de 4.700 miligramas. Mas isso é apenas parte de sua dieta total. Outros fatores que podem afetar a pressão sanguínea incluem a quantidade e tipo de gordura alimentar; colesterol; proteína e fibra, e de cálcio e magnésio. O potássio também afeta o equilíbrio de fluidos em seu corpo. Portanto, fale com seu médico antes de tomar suplementos de potássio (à medida que envelhecemos, nossos rins se tornam menos capaz de remover o potássio do nosso sangue). Você também deve consultar o seu médico antes de tentar substitutos do sal, que contêm cloreto de potássio, que é prejudicial se você tem certas condições médicas.
Referência: AHA (click)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

ESTUDO MOSTRA QUE AS BEBIDAS ENERGÉTICAS AUMENTAM A PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E CAUSAM ARRITMIAS.

  Um pequeno estudo apresentado pelo Dr. Magdalena Szotowska ( Nefrologista da Universidade de Silésia, em Katowice, Polônia)  no Encontro Europeu de Hipertensão 2012 da European Society of Hypertension (ESH), mostrou que bebidas energéticas podem aumentar a pressão arterial, causar taquicardia e outras arritmias cardíacas em voluntários saudáveis, e recomenda que as vendas desses produtos devem ser regulamentada.
   Szotowska acha que são as combinações das substâncias encontradas nas bebidas energéticas, a sacarose a 10%, a cafeína, taurina e inositol, as responsáveis ​​pelos efeitos, em vez da cafeína sozinha. Entre os efeitos adversos observados no sistema circulatório, ela encontrou aumento da ansiedade e insônia, entre os participantes de seu estudo. Em seu estudo, randomizado, duplo-cego, foram estudados 18 voluntários saudáveis, com idade entre 20 a 35 anos, em três grupos, um ingeriu uma bebida energética contendo 120mg, outro 360mg de cafeina e outro placebo. As medições de pressão arterial e freqüência cardíaca foram realizados antes e após a ingestão.   A bebida com 120 mg de cafeina equivale a uma grande lata de Red Bull, na Polônia ou uma pequena lata de Red Bull concentrada. A de 360mg de cafeína foi escolhido porque representa a maior quantidade de cafeína encontrada na maior garrafa de bebida energética.
   O Consumo da bebida energética contendo 120 mg de cafeína não influenciou significativamente na pressão arterial e pulsação em comparação com placebo. Mas a bebida contendo 360 mg de cafeína levou a um aumento significativo na pressão arterial sistólica média (+9,0 mm Hg, p = 0,033) e diastólica (+9,4 mm Hg, p = 0,028) e na frequência cardíaca média (5 bpm, p = 0,042) em comparação com placebo. E todos aqueles que beberam a bebida energética com 360 mg de cafeína desenvolveram arritmias cardíacas, taquicardia, ansiedade e insônia.   Szotowska disse que não está convencido de que a PA sistólica foi necessariamente devido à bebida, por ter ocorrido 15 minutos após o consumo. Mas o pico diastólico, ocorrido 30 minutos depois, e a taquicardia 90 minutos depois de beber o energético, provavelmente estavam ligados, observou ela. Ela agora está planejando outro estudo com um número maior de pessoas. Sendo necessidade também estudos com pessoas idosas e hipertensas, antes de qualquer recomendação.
   Uma rápida consulta ao PubMed revela outra pesquisa com possíveis problemas associados com bebidas energéticas, que são populares entre os adolescentes e adultos jovens. Só este ano, cientistas dos EUA descobriram que uma lata de Red Bull contendo 80 mg de cafeína aumentou a PA em comparação com 80 mg de cafeína sozinha em voluntários saudáveis, num estudo piloto, e um centro de controle de venenos australiano relatou quase 300 casos de intoxicação devido à ingestão destas bebidas. Os sintomas mais comuns relatados foram palpitações, agitação, tremor e desconforto gastrointestinal. Foram 21 indivíduos com sinais de toxicidade cardíaca ou neurológica grave, e 128 indivíduos foram hospitalizados.   Pediatras norte-americanos também estão pedindo para a investigação urgente,  sobre a segurança desses produtos, observando que a regulamentação pode ser necessária no futuro.  
   Não dar ainda para termos uma recomendação baseada em evidências, mas é importante não recomendarmos a ingestão destas bebidas por idosos, hipertensos e cardiopata de um modo geral.

sábado, 5 de maio de 2012

QUAL A PRESSÃO ARTERIAL IDEAL ?

   "Nós simplesmente não sabemos." Esta foi a declaração corajosa de um número de especialistas da Sociedade Europeia de Hipertensão (ESH) no Encontro Europeu de Hipertensão 2012, no dia 02 de maio em Londres.  Faltam evidências para questões aparentemente simples, como a pressão ideal nos diferentes grupos de indivíduos. Eles reconheceram que muitos estudos precisam ser realizados.
   "Acho que há consenso geral de que esta resposta é necessária, porque há uma série de questões, mudanças, que podem ser apropriadas", disse um dos participantes. Questões não resolvidas incluem se o uso da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é realmente o caminho a percorrer e se novos fatores de risco devem ser levados em consideração. Houve divergências sobre quais os tratamentos a usar e da maneira a terapia combinada deve ser empregada. Há problemas em relação à hipertensão arterial resistente e o fenômeno curva J. "Há o grande problema , em todo o mundo, sobre as metas para PA. Apesar de décadas de estudos, ainda são incertos quanto a que nível devemos baixar PA para atingir a proteção cardiovascular máxima. "E lembre-se que não temos absolutamente nenhuma informação sobre qual o valor  que a PA deve ser alcançada no ambulatorial ou casa. ", observou outro participante.   No entanto, não existem dúvidas do benefício quando baixamos a PA a menos de 140 x 90mmHg. A dúvida é até quanto devemos reduzir a PA e em que situações, para mantermos o máximo de proteção cardiovascular.
   As recomendações mais antigas era de que quanto mais baixo a PA maior era a proteção cardiovascular, até que vários estudos mostraram a importância da curva J (click), em que uma redução abaixo de 80mmHg na PAD, aumentava o risco e a mortalidade cardiovascular, principalmente nos pacientes portadores de DAC. As diretrizes mais recentes passaram a não mais recomendar a PA abaixo de 120 x 75mmHg para os nefropatas com proteinúria acima de 1g/dia, por não haver benefícios. A Britânica de 2011 (click), recomendou também como meta para pacientes abaixo de 80 anos um PA inferior a 140 x 90mmHg e acima de 80 anos abaixo de 150 x 90mmHg. Recentemente foi pubicado uma meta-análise (click) mostrando que nos pacientes vasculopatas a PA ideal era em torno de 143 x 85 mmHg. Também em reunião dos especialistas em HAS do ACC (click) deste anos eles recomendaram que nos pacientes com nefropatia o ideal era que a PA fosse em torno de 140 x 90mmHg, não havendo benefícios em controles intensos. A tendência é que o controle mais intensos na PA traga benefícios àqueles pacientes hipertensos que não têm complicações, e para aqueles já com complicações como: Os vasculopatas, renais e portadores de DAC o controle não saja tão intensivo. Até que se tenha uma definição, devemos seguir as deiretrizes atuais e aguardar o JOINT 8, guideline americano que será publicado no final do ano.
Referência: The Heart.org, may 2, 2012. (click)