domingo, 3 de junho de 2012

HIPERTENSÃO E DOENÇA CORONÁRIA: ESTADO ATUAL

   A doença arterial coronariana (DAC) constitui a principal causa de morte e é uma grande causa de morbidade e redução da qualidade de vida em todo o mundo; hipertensos apresentam 2 a 3 vezes maior prevalência de DAC do que os não hipertensos, e 60% dos portadores de DAC têm hipertensão, sugerindo uma estreita associação entre doença hipertensiva e da doença arterial coronária. 
   Há a necessidade clínica de identificar DAC assintomática. Muitos pacientes, mesmo aqueles com uma  forma avançado da doença, não apresentam sintomas antes de experimentar um grande evento como morte súbita cardíaca, angina instável, infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca congestiva. Em pacientes hipertensos, a isquemia do miocárdio é causado por alterações anatômica e fisiopatológica diferentes da DAC clássica. Além da obstrução aterosclerótica das grandes artérias epicárdicas, há a redução da capacidade vasodilatadora da microcirculação, causada principalmente pela hipertrofia arteriolar e disfunção endotelial. A reserva do fluxo coronário é reduzido devido a vários mecanismos fisiopatológicos, tais como aumento da carga hemodinâmica e massa do ventrículo esquerdo (VE), angiogênese insuficiente, compressão extravascular com redução na área transversal máxima da microcirculação, juntamente com a inflamação subclínica, disfunção endotelial, e ativação do sistema nervoso simpático e sistema renina-angiotensina. Do ponto de vista clínico, a reserva de fluxo coronário reduzida pode levar, pelo menos durante o período de estresse miocárdico, a diminuição da perfusão coronariana subendocárdica, disfunções diastólica e sistólica. Além disso, alterações do sistema fibrinolítico e viscosidade hemática contribui para um estado pró-trombótico e eventos clínicos da DAC. Todos estes mecanismos conduzem a um desequilíbrio da oxigenação do miocárdio, contribuindo para a expressão clínica dos eventos isquêmicos ou isquemia silenciosa.  No entanto, os dados sobre o significado prognóstico da isquemia silenciosa ainda é escasso e contraditório. 
   Na avaliação do risco de DAC em hipertenso, deve-se levar em consideração a combinação dos escores de risco e danos em órgãos-alvo mostrando o risco cardiovascular global. De acordo com as diretrizes da ESH, hipertensos de alto risco são definidos como aqueles com pressão arterial sistólica  ≥ 180 mmHg e / ou pressão arterial diastólica  ≥ 110 mmHg, diabetes, ou mais de três fatores de risco cardiovascular, história de doença cardiovascular ou renal anterior, presença de dano em órgão alvo (como microalbuminúria ou proteinúria, uma taxa de filtração glomerular estimada por o Cockroft-Gault ou MDRD fórmulas de menos de 60 ml/min/1.73 m2, hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo,  espessamento da parede da carótida com  íntima media maior do que 0,9 mm, a onda de pulso carotídeo-femoral com velocidade acima de 12 m/seg e ìndice tornozelo braquial (ITB) de menos do que 0,9. Tais pacientes devem ser submetidos a testes para diagnósticar a presença de DAC, mesmo se estiverem assintomáticos. Nos demais hipertensos, o utilização de escores de risco estabelecidos com base no estudo de Framingham, o projeto SCORE e o HeartScore constituem os meios para a classificação em baixo risco, médio, alta e muito alta. Assim, se um indivíduo hipertenso assintomático é considerado de baixo risco, após cuidadosa avaliação, nenhuma investigação adicional para DAC é necessária. Se, no entanto, ele for estratificado como média ou alta / muito alta risco, um teste funcional é recomendado.
   Os testes de avaliação de risco DAC em hipertensos assintomáticos são: Avaliação de danos em órgãos-alvo. De acordo com as últimas diretrizes ESH, um eletrocardiograma de repouso é razoável para a avaliação do risco cardiovascular  indivíduos assintomáticos com hipertensão. Os dados epidemiológicos mostram que alterações em um ECG de 12 derivações é preditor de eventos em adultos assintomáticos, tais como: Hipertrofia ventricular esquerda (HVE), prolongamento do complexo QRS, depressão do segmento ST, inversão da onda T, e Q são indicativos da probabilidade aumentada de eventos cardiovasculares adversos, assim como a presença de arritmias. O ecocardiograma é essencial na DAC para a detecção de HVE.  Aqueles com uma remodelação concêntrica ou HVE apresentam mais de duas vezes eventos cardiovasculares. Além disso, a fração de ejeção, fração de encurtamento do VE, bem como função diastólica do VE,  previram eventos adversos. Defeitos segmentares de contração da parede do VE pode ser devido a infarte silencioso antigo ou isquemia e deve ser investigado. A avaliação da espessura das carótidas tambem prevê a incidência de eventos cardíacos. Mais especificamente, o estudo ARIC descobriu que para cada incremento de 0,19 mm na espessura da intima-media, o risco de morte de infarto do miocárdio foi aumentada em 36% . Notavelmente, a ligação entre a espessura da camada íntima-média e eventos é linear e contínua, e à utilização do valor de ponto de corte de > 0,9 mm é uma estimativa conservadora. 
   O ITB fornece informação prognóstica sobre a DAC, especialmente em pacientes de risco intermediário. Um valor de <0,9 significa a presença de doença arterial periférica, com estenose > 50% e é um preditor de eventos cardíacos adversos. 
   Rigidez arterial através velocidade da onda de pulso carótida- femoral  é um preditor independente de eventos coronários em hipertensos. Embora a relação de rigidez para eventos seja contínua, o ponto de corte  > 12 m/seg é o comumente usado. 
   A disfunção renal avaliada pela taxa de filtração glomerular (EGFR), usando a fórmula MDRD abreviada ou a fórmula Cockcroft-Gault, está relacionada com resultados adversos. Em uma população de hipertensos, a eGFR entre 15-59 ml/min/1.73 m2 teve um risco de eventos aumentado em 66%. No ensaio ADVANCE, uma diminuição de 50% em TFGe aumentou 2,2 vezes o risco de eventos cardiovasculares.
   A microalbuminúria em hipertensos, mesmo abaixo dos valores estabelecidos (albumina a creatinina <30 mg/g), tem um valor preditivos positivo e não há uma relação contínua do risco de DAC com níveis baixos como igual ou superior a 3,9 mg/g em homens e 7,5 mg/g em mulheres. A albuminúria reflete uma generalizada disfunção vascular e é um  preditor de irregularidades endoteliais, ativação inflamatória e progressão da aterosclerose.
  Além dos dados citados, existem os testes funcionais para avaliar isquemia miocárdica e consequentemente a presença de DAC, como o teste ergométrico que demonstrou sensibilidade e especificidade média de  68% e 77%, respectivamente. A cintilografia miocárdica com uma sensibilidade de 85-90% e especificidade de 70%, comparável ao ecocardiografia com estresse em pacientes hipertensos. A ecocardiografia com stress não deve ser indicada em assintomáticos com baixo risco. A ecocardiografia sob estresse pode ser realizada com formas dinâmicas de exercício, incluindo esteira e bicicleta, bem como com estresse farmacológico, na maioria das vezes com dobutamina e dipiridamol. Evidência acumulada sugere que o estresse na hipertensão tem um excelente valor preditivo negativo.
  Avaliação do escore de cálcio em coronárias pode ser considerada em homens e mulheres assintomáticos com mais de 40 e 50 anos respectivamente, com médio e alto risco. No entanto, devido à emissão de radiação e na era atual de custo-efetividade, esta modalidade não deve ser incentivada.
  EM CONCLUSÃO: A fim de avaliar melhor a presença de DAC em hipertensos assintomáticos, deve-se fazer uma história  e um exame clínico completo e minucioso. Um ECG, bem como exame ecocardiográfico de repouso, com intuito de buscar danos em órgãos-alvos de acordo com as diretrizes atuais. Com base no exposto, o paciente é classificado como baixo, médio, alto ou muito alto risco. Nenhum de teste funcional, deve ser indicado para indivíduos com baixo risco. Para os com médio e alto risco, um teste ergométrico deve ser feito, se for o caso de acordo com o outros critérios estabelecidos, o ecoestress ou cintilografia miocárdica podem ser considerados no passo inicial. Com base na negatividade para isquemia do teste
funcional, é aconselhado a continuar o tratamento atual. No entanto, um paciente hipertenso assintomático com um teste positivo devem ser encaminhados para angiografia coronária.

domingo, 27 de maio de 2012

ESTUDO MOSTRA QUE OUVIR MÚSICA INFLUENCIA NA PRESSÃO ARTERIAL, TERAPIA DE RELAXAMENTO NÃO.

   Dois estudos apresentados esta semana no American Society of Hypertension (ASH), Sessão 2012, em Nova Iorque, destaca a influência da música e terapia de relaxamento nos níveis de pressão arterial. Em um estudo, pesquisadores observaram que ouvir Mozart no consultório médico, pode diminuir os níveis de pressão arterial, enquanto no outro, programa de redução de estresse não conseguiu baixar os níveis de pressão arterial, em um grupo de pacientes ​​com hipertensão estágio I, sem anti-hipertensivos.
   No primeiro estudo, a pressão arterial foi medida usando um aparelho automatizado para pressão arterial (BpTRU BPM-100, Quick Medical), enquanto o paciente estava sentado em uma cadeira ouvindo música clássica, rock, ou nenhuma música. Eles descobriram que a música rock, especificamente "Bicycle Race" pela banda de rock Queen, aumentou a pressão arterial, enquanto nos que ouviram Mozart a pressão arterial baixou.
   A pressão arterial foi medida em três períodos consecutivos em 40 pacientes com hipertensão leve a moderada. Depois de verificar em silêncio durante oito minutos, a média da pressão sistólica e diastólica foi de 144,6 e 87,4 mmHg, respectivamente. Nos mesmos pacientes, as médias sistólica e diastólica diminuíram enquanto ouviam Mozart, até 138,1 e 83,9 mmHg, respectivamente, enquanto a pressão arterial sistólica aumentou para 147,8 nos que ouviram Queen e a diastólica manteve-se semelhante ao que foi observado durante o silêncio.
   No mesmo evento foi apresentado um estudo da redução do estresse para controle da pressão arterialO HARMONY (click) estudo de redução de estresse, que incluiu 101 homens e mulheres com base  em níveis maiores do que 135 x 85mmHg na monitorização ambulatorial de 24 horas.
   O programa de gestão de estresse é atualmente financiado pelo governo provincial do Ontário, para depressão, ansiedade e dor, e foi mostrado que fornece benefício em pacientes com transtornos alimentares, bem como aqueles com psoríase. É um programa de oito semanas, que inclui uma sessão de duas horas e meia, uma vez por semana. Os pacientes foram ensinados a fazer yoga, técnicas de redução de estresse e imaginação guiada, com a intenção de trazer atenção para suas atividades diárias.
   Há dados na literatura sugerindo que a redução do stress pode reduzir a pressão arterial. No geral, quando se comparou os níveis de pressão arterial de quem terminou a intervenção com aqueles níveis ao entrar no programa, houve uma queda consistente da pressão arterial, mas não foi estatisticamente significativa. Os investigadores observaram uma reduções da pressão arterial sistólica em 24 horas de 1,3 mmHg a 2,0 mmHg, bem como da pressão diastólica de 0,6 mm Hg a 1,3 mmHg. Eles também observaram reduções nas pressões arteriais sistólica e diastólica tanto na vigília como no sono, mas estas reduções não alcançaram significância estatística.
   Dada a ausência de benefício com o programa de gestão de estresse em relação a hipertensão arterial, o autor disse que quase todos os estudos anteriores que mostraram benefícios em termos de redução da pressão arterial incluiram pacientes que tomavam medicamentos anti-hipertensivos. É possível que esses pacientes puderam ter tido melhores resultados, porque eles foram aderindo aos seus medicamentos. Enquanto este estudo incluiu apenas pacientes que não estavam tomando medicamentos anti-hipertensivos.  Assim, duas conclusões pode-se tirar: Uma, que é preciso repetir o estudo com um número maior de pacientes para descobrir se os resultados são verdadeiros, e a segunda, é que o programa pode ser uma terapia adjuvante eficaz para os pacientes já em uso de medicação. 
Referência: TheHeart.org (click)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

DEZ ITENS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL.

   A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma ameaça à saúde em todo o mundo. Aqui estão 10 fatos que se deve saber sobre a pressão arterial elevada.  
   A HAS é uma condição muito comum. Cerca 20% da população tem pressão arterial elevada. Entre 55 e 65 anos de idade, a chance de se desenvolver HAS é de 40% . E mesmo quem não tenha pressão arterial elevada nesta faixa etária,  terá 90% de chance de desenvolvê-la nos próximos 20 anos. 
   A Hipertensão é conhecida como o assassino silencioso. Na maioria dos casos,  não apresenta sintomas, e quase 20% das pessoas que a têm nem sequer sabe que é hipertenso. Embora possa não apresentar sintomas ela deve ser tratada, pois o tratamento não é para os sintomas, mas para evitar as suas  complicações. 
   O paciente deve saber o alvo da sua pressão arterial. Para a maioria das pessoas, a pressão arterial ideal abaixo de 140/90mmHg. Mas os portadores de diabetes, doenças cardiovasculares ou nefropatias, a recomendação das diretrizes atuais é que seja inferior a 130/80mmHg. 
   Se a HAS não for controlada, aumenta o risco  de acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, ICC, doenças renal terminal, demência, disfunção sexual, aneurisma e dissecção de aorta e vasculopatia periférica. O risco de doenças relacionadas com o coração e morte aproximadamente dobra a cada aumento de 20 mmHg na pressão arterial sistólica e 10 mmHg na pressão arterial diastólica. 
   Existem alguns fatores de riscos para HAS que não podem ser controlados, como a historia familiar. Portanto as pessoas que tem familiares com hipertensão,  principalmente os do primeiro grau, devem tomar mais cuidado e intensificar o combate aos outros fatores.
   Alguns fatores de riscos podem ser controlados, tomando medidas para melhorar os hábitos e o estilo de vida, uma dieta saudável e com baixo teor de sódio, combater o sedentarismo com exercícios físicos regulares, limitar a ingestão de álcool, cuidado com sobrepeso, tabagismo e estresse
   Especialistas estimam que cerca de 30% de todas as pressões altas são causadas pelo excesso de sal. Algo tão simples como reduzir o consumo de sal pode ajudar a reduzir sua pressão arterial.
  Alguns medicamentos podem aumentar a pressão arterial, como os anti-inflamatórios hormonais e não hormonais, remédios para resfriados que contenham pseudoefedrina, e para emagrecer, etc.
   A pressão arterial pode ser controlada com mudanças nos hábitos de vida, mas algumas vezes há a necessidade de usar medicamentos. Estudos mostram que o uso de doses mais baixas de mais de um medicamento pode ajudar a controlar a pressão arterial melhor e com menos efeitos colaterais, do que tomar altas doses de um só medicamento. Isso não significa necessariamente que a pessoa tenha que tomar um punhado de comprimidos diferentes.
   Para que a medicação possa funcionar corretamente, as pessoas hipertensas deve tomá-la regularmente. Isto pode ser complicado, especialmente porque a hipertensão, muitas vezes não causa sintomas. O paciente pode se sentir bem e simplesmente esquecer de tomar o medicamento, e isto pode dificultar o controle da mesma.  
Referência: Heart Disease (click)

sábado, 19 de maio de 2012

FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL.

   A ciência já identificou diversos fatores que podem aumentar o risco de se desenvolver hipertensão arterial e, portanto, o risco de doença coronaria, doenças cardíacas e AVCs.    Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de  hipertensão arterial sistêmica (HAS) são:
 
História familiar: Se os seus pais ou parentes próximos tem HAS, você é mais propensos a desenvolvê-la também. Você também pode passar esse fator de risco para seus filhos. Por isso que é importante verificar a pressão arterial pelo menos uma vez por ano. Você não pode controlar a hereditariedade, mas você pode tomar medidas para ter uma vida saudável e reduzir os fatores de risco. A escolha do estilo de vida saudável têm permitido que muitas pessoas com forte história familiar de HAS possa evitar ou retardar o seu aparecimento.
    Idade avançada:  À medida que envelhecemos, todos nós desenvolvemos maior risco de pressão alta e doenças cardiovasculares. Os vasos sanguíneos perder a flexibilidade com a idade que pode contribuir para o aumento de pressão.
  
Gênero: Maior porcentagem de homens do que mulheres têm HAS até 45 anos de idade. Entre 45 e 54, e 55 a 64, os percentuais de homens e mulheres com HAS são semelhantes. Depois disso, uma porcentagem muito maior de mulheres tem HAS do que os homens.
  Sedentarismo:
A atividade física é bom para o coração e sistema circulatório. Um estilo de vida sedentário aumenta a chance de ter pressão alta, doença cardíaca, e acidente vascular cerebral (AVC). A inatividade também torna mais fácil para se tornar sobrepeso ou obesidade que tambem predispõe a HAS. Portanto pratique atividade física moderada a vigorosa, durante 30 a 60 minutos, 3 a 5 vezes por semana
  
Má alimentação, especialmente as que inclui excesso de sal: Uma dieta rica em calorias, gorduras e açúcares, e pobre em nutrientes essenciais contribui diretamente para a vida não saudável, bem como a obesidade. Além disso, existem alguns problemas que podem ocorrer quando se come muito sal. Algumas pessoas são "sal sensíveis", ou seja, quanto mais rica a dieta em sal, maior a PA. Outras não são sal sensíveis, a PA não aumenta ou aumenta pouco com a ingestão de sal. Sal mantém os líquidos em excesso no organismo aumentando a PA e a carga sobre o coração.
    
Sobrepeso e obesidade:   Estar acima do peso aumenta suas chances de desenvolver pressão alta. Um índice de massa corporal entre 25 e 29 é considerado sobrepeso, e superior ou igual a 30 é considerada obesidade.  Excesso de peso aumenta a PA, os níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, e reduz os níveis de HDL (bom colesterol). Além de aumentar a predisposição a diabetes. A perda de 10 a 20 quilo ajuda a diminui a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas.
   Beber álcool em excesso:   O uso excessivo e regular de álcool pode aumentar a pressão arterial de forma dramática. Ele também pode causar insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e causar arritmias. O excesso de álcool pode também aumentar os níveis de triglicéridos, câncer e outras doenças, obesidade, suicídio e acidentes.  Deve-se limitar o consumo de álcool a não mais que dois drinques por dia para homens e um por dia para mulheres. Um drinque equivale a uma cerveja, um taça de vinho, ou uma dose de bebidas destiladas.

   Apnéia do sono: Apnéia do sono é um distúrbio potencialmente ameaçadora da vida, em que os tecidos colapsam sobre a garganta e bloquear as vias respiratórias. O cérebro obriga-o despertar o suficiente para abrir a traquéia e o ciclo começa novamente. Pausas na respiração podem contribuir para a fadiga e sonolência durante o dia, aumentando os riscos de acidentes, e tornando difícil a execução das tarefas que exijem atenção. Ela é um fator de risco para  HAS, insuficiência cardíaca, diabetes e AVC.
   Possíveis fatores que contribuem: 
   Há alguma conexão entre a pressão arterial e estes fatores, mas a ciência não provou que eles realmente causam hipertensão arterial.   
  Estresse: Estar em uma situação estressante pode aumentar temporariamente a sua pressão arterial, mas a ciência não provou que o estresse provoca HAS. Alguns cientistas observaram uma relação entre o risco de doença cardíaca coronária e estresse, comportamentos da saúde e situação socioeconômica. O estresse pode afetar outros fatores de risco estabelecidos para a HAS e doença cardíaca. Por exemplo, as pessoas sob estresse pode comer mais ou comer uma dieta menos saudável, não fazer atividade física, beber,  fumar, etc. Encontre maneiras de reduzir o estresse.
  Tabagismo:
Fumar aumenta temporariamente a pressão arterial e danos as artérias. O uso do tabaco pode ser devastador para a sua saúde, especialmente se você já tem risco de HA. O fumante passivo - exposição à fumaça de outras pessoas - aumenta o risco de doença cardíaca em relação ao não-fumantes.
  Referência: AHA (click)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ENCONTRAR UM EQUILÍBRIO: MENOS SÓDIO E MAIS POTÁSSIO.

   Evitar o inimigo ( sal ) é sua arma principal, mas você também tem um aliado que muitas pessoas não sabem: ​​comer mais potássio.   "Mais e mais, estamos percebendo o quão importante o potássio desempenha um papel na redução da pressão arterial", disse Rachel K. Johnson, Ph.D., MPH, RD, nutricionista em Burlington, Vermont, American Heart Association. 
   Os perigos de sódio: 
   Sabe-se que 98% dos americanos comem mais que o dobro de sódio,  muito além do que é recomendado para uma dieta saudável, em média de 3.436 miligramas por dia, no Brasil aproximadamente 6 mg/dia de sódio ( para convertermos sódio em gramas de sal, devemos multiplicar o sódio por 2,5 e dividirmos por 1000 ). No entanto, se cortarmos a ingestão média diária  de sódio para menos de 1.500 miligramas por dia, como recomenda a American Heart Association - a pressão arterial elevada diminuiria cerca de 26% e mais de US$ 26 bilhões em custos com a saúde seria economizado por em um ano.   A maioria dos alimentos em seu estado natural contêm algum sódio. Mais de 75% do sódio que se consome vem de alimentos processados. Assim é importante ler os rótulos  dos alimentos para escolher os mais saudáveis ​​na  hora de comprar, porque o sódio pode aumentar a sua pressão arterial, mantendo o excesso de líquido no corpo - sobrecarregando o coração.
   O Poder de Potássio:
   Por outro lado, o potássio é uma arma potente, porque quanto mais potássio se consomem,  mais sódio é excretado pela urina, para fora do corpo. O potássio ajuda a relaxar as paredes dos vasos sanguíneos, o que ajuda a reduzir a pressão arterial. 
   Consumir mais potássio não é uma desculpa para não se preocupar com a quantidade de sal na dieta, mas pode certamente ajudar a atenuar os efeitos do sódio na pressão arterial. 
   Alimentos ricos em potássio são: Batata, verduras, espinafre, cogumelos, feijão, ervilhas, bananas,  tomate, suco de tomate e molho de tomate (olhar para baixo teor de sódio versões), laranjas e suco de laranja, melões, ameixas e suco de ameixa, damascos e suco de damasco, passas e tâmaras, linguado, atum, melaço de cana de açúcar.
   Na verdade, muitas das fontes naturais de potássio - frutas, alimentos sem gordura ou com baixo teor e peixes - fazem parte das dietéticas para hipertensão como a DASH. A ingestão diária de potássio recomendada para um adulto é de cerca de 4.700 miligramas. Mas isso é apenas parte de sua dieta total. Outros fatores que podem afetar a pressão sanguínea incluem a quantidade e tipo de gordura alimentar; colesterol; proteína e fibra, e de cálcio e magnésio. O potássio também afeta o equilíbrio de fluidos em seu corpo. Portanto, fale com seu médico antes de tomar suplementos de potássio (à medida que envelhecemos, nossos rins se tornam menos capaz de remover o potássio do nosso sangue). Você também deve consultar o seu médico antes de tentar substitutos do sal, que contêm cloreto de potássio, que é prejudicial se você tem certas condições médicas.
Referência: AHA (click)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

ESTUDO MOSTRA QUE AS BEBIDAS ENERGÉTICAS AUMENTAM A PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E CAUSAM ARRITMIAS.

  Um pequeno estudo apresentado pelo Dr. Magdalena Szotowska ( Nefrologista da Universidade de Silésia, em Katowice, Polônia)  no Encontro Europeu de Hipertensão 2012 da European Society of Hypertension (ESH), mostrou que bebidas energéticas podem aumentar a pressão arterial, causar taquicardia e outras arritmias cardíacas em voluntários saudáveis, e recomenda que as vendas desses produtos devem ser regulamentada.
   Szotowska acha que são as combinações das substâncias encontradas nas bebidas energéticas, a sacarose a 10%, a cafeína, taurina e inositol, as responsáveis ​​pelos efeitos, em vez da cafeína sozinha. Entre os efeitos adversos observados no sistema circulatório, ela encontrou aumento da ansiedade e insônia, entre os participantes de seu estudo. Em seu estudo, randomizado, duplo-cego, foram estudados 18 voluntários saudáveis, com idade entre 20 a 35 anos, em três grupos, um ingeriu uma bebida energética contendo 120mg, outro 360mg de cafeina e outro placebo. As medições de pressão arterial e freqüência cardíaca foram realizados antes e após a ingestão.   A bebida com 120 mg de cafeina equivale a uma grande lata de Red Bull, na Polônia ou uma pequena lata de Red Bull concentrada. A de 360mg de cafeína foi escolhido porque representa a maior quantidade de cafeína encontrada na maior garrafa de bebida energética.
   O Consumo da bebida energética contendo 120 mg de cafeína não influenciou significativamente na pressão arterial e pulsação em comparação com placebo. Mas a bebida contendo 360 mg de cafeína levou a um aumento significativo na pressão arterial sistólica média (+9,0 mm Hg, p = 0,033) e diastólica (+9,4 mm Hg, p = 0,028) e na frequência cardíaca média (5 bpm, p = 0,042) em comparação com placebo. E todos aqueles que beberam a bebida energética com 360 mg de cafeína desenvolveram arritmias cardíacas, taquicardia, ansiedade e insônia.   Szotowska disse que não está convencido de que a PA sistólica foi necessariamente devido à bebida, por ter ocorrido 15 minutos após o consumo. Mas o pico diastólico, ocorrido 30 minutos depois, e a taquicardia 90 minutos depois de beber o energético, provavelmente estavam ligados, observou ela. Ela agora está planejando outro estudo com um número maior de pessoas. Sendo necessidade também estudos com pessoas idosas e hipertensas, antes de qualquer recomendação.
   Uma rápida consulta ao PubMed revela outra pesquisa com possíveis problemas associados com bebidas energéticas, que são populares entre os adolescentes e adultos jovens. Só este ano, cientistas dos EUA descobriram que uma lata de Red Bull contendo 80 mg de cafeína aumentou a PA em comparação com 80 mg de cafeína sozinha em voluntários saudáveis, num estudo piloto, e um centro de controle de venenos australiano relatou quase 300 casos de intoxicação devido à ingestão destas bebidas. Os sintomas mais comuns relatados foram palpitações, agitação, tremor e desconforto gastrointestinal. Foram 21 indivíduos com sinais de toxicidade cardíaca ou neurológica grave, e 128 indivíduos foram hospitalizados.   Pediatras norte-americanos também estão pedindo para a investigação urgente,  sobre a segurança desses produtos, observando que a regulamentação pode ser necessária no futuro.  
   Não dar ainda para termos uma recomendação baseada em evidências, mas é importante não recomendarmos a ingestão destas bebidas por idosos, hipertensos e cardiopata de um modo geral.