sábado, 29 de março de 2014

RELAÇÃO ENTRE A VITAMINA D E AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES.

   A deficiência da vitamina D é uma condição altamente prevalente, em torno de 30% a 50% dos adultos nos países desenvolvidos, em grande parte devido a produção cutânea inadequada, resultado de uma diminuição da exposição solar, e em menor grau a menor ingesta. Ela está associada a maioria dos fatores de risco e a morbimortalidade cardiovascular. Um nível sérico da 25-hidroxivitamina D menor do que 20ng/ml indica uma deficiência da vitamina D e acima de 30ng/ml é considerado ótimo.
   Enquanto  as funções endócrinas da vitamina D relacionada ao metabolismo ósseo e mineral já estejam amplamente estudadas, há evidência epidemiológica robusta sugerindo a associação da sua deficiência com a morbidade e mortalidade cardiovascular. Estudos experimentais tem demonstrado novas associações metabólicas dela sobre os cardiomiócitos, células endoteliais e musculatura lisa vascular. Níveis baixos estão associados a hipertrofia ventricular esquerda, disfunção vascular e ativação do sistema renina angiotensina aldosterona.
  Apesar de um grande corpo de evidências experimentais, transversais, prospectivas, a deficiência da vitamina D na patogênese das doenças cardiovasculares a sua implicação em relação causal ainda não foi estabelecida. Além disso os benefícios cardiovasculares da normalização da vitamina D naqueles sem doença renal e hiperparatireoidismo não foram estabelecidos. Ensaios clínicos randomizados de reposição da vitamina D empregando desfechos cardiovasculares proporcionarão muitas evidências necessárias para determinar o seu papel na proteção cardiovascular.
Referência: Medscape (Eur Heart J. 2013;34(48):3691-3698.)

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