sábado, 25 de fevereiro de 2012

EFEITOS HEMODINÂMICOS E ARRITMOGÊNICOS DA COCAINA EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS

       As pessoas hipertensas que fazem uso de cocaina  têm o risco de infarto do miocárdio, dissecção aórtica e arritmias, bastante aumentados, os efeitos hemodinâmicos e arritmogênicos de consumo de cocaína não foram bem caracterizadas nesta população. Os autores referem que nos pacientes com hipertensão acorre aumentos extremos e transitórios na pressão arterial (agudo), bem como o aparecimento de arritmias durante o uso de cocaína. A monitorização ambulatorial de pressão arterial, a freqüência cardíaca e eletrocardiograma (ECG) foram registrados durante 48 horas em 10 pacientes com antecedentes de hipertensão arterial que inalaram cocaína. Uso de cocaína foi identificado por meio dos diários dos pacientes e da ativação manual do MAPA para verificação da pressão arterial. Dos 10 pacientes estudados (6 homens, 7 americanos Africano, idade 49 ± 8 anos), 8 estavam tomando medicamentos anti-hipertensivos. A pressão arterial média antes do uso de cocaína foi 126 x 77 mmHg, o aumento médio da pressão sistólica, diastólica e pressão arterial média após o uso foi de 74 mm Hg, 30 mm Hg e 45 mm Hg, respectivamente (P <0,0001 para todos ). Não houve mudança significativa na freqüência cardíaca. Os ECGs demonstraram a presença de arritmias durante o uso de cocaína, sendo 6 pacientes com aumento da ectopia atrial e ventricular, 2 pacientes com episódios de taquicardia atrial não sustentada e 1 paciente com 3 episódios de taquicardia ventricular não sustentada monomórfica. Em conclusão o uso de cocaína resultou em elevações aguda da pressão arterial em pacientes com hipertensão em uso de medicação, assim como também foi associado com um aumento de arritmias. Esses achados podem ser a base do aumento do risco de infarto do miocárdio, dissecção aórtica e arritmias potencialmente letais em pacientes com hipertensão que usam cocaína.
Referência:  The Journal of Clinical Hypertension Vol 13 | No 10 | October 2011 (click)
Publicações: AJH, NCBI, Medscape, (click)

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