quarta-feira, 21 de março de 2012

RELAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL, EVENTOS VASCULARES E MORTALIDADE EM PORTADORES DE DOENÇAS VASCULARES

    Estudos recentes têm desafiado a noção de que quanto "menor é melhor" para a pressão arterial em relação aos eventos vasculares e mortalidade em pacientes com doença vascular, enquanto as diretrizes atualmente recomendam a pressão arterial abaixo 130/80 mmHg. Neste estudo foi reavaliado a relação da curva J (click), da pressão arterial com eventos cardiovasculares e todas as causas de mortalidade em pacientes com da doença vascular. Para este propósito, 5788 pacientes com doença vascular sintomática  selecionados no Estudo Doença Arterial foram acompanhados para avaliar a ocorrência de novos eventos vasculares (ou seja, infarto do miocárdio, AVC ou morte vascular) e de mortalidade por todas as causas, num período médio de 5,0 anos  (intervalo interquartil: 2.6-8.1 anos), 788 pacientes tiveram um novo evento vascular, e 779 morreram. As variáveis foram ajustadas em  relação a pressão sistólica, diastólica, ou  de pulso (PP)  para a ocorrência de eventos vasculares  guiado pela curva J. Elas mostraram taxas de eventos aumentada para PA acima e abaixo de 143/82 mmHg. Foi encontrado uma não semelhante linear para a pressão diastólica e mortalidade por qualquer causa. A pressão arterial elevada não foi associada com  aumento da morbidade e mortalidade em pacientes com doença arterial coronária recentemente diagnosticada, com idade maior ou igual a 65 anos, tendo a pressão de pulso maior 60 mm Hg. Importante ressaltar, especialmente nestes subgrupos, que as alterações da pressão arterial pode ser um sintoma, em vez  de causa da doença. Nível da pressão arterial abaixo e acima de 143/82 mmHg foi, portanto, um fator de risco independente para eventos recorrentes  em pacientes com doença vascular manifesta
     A pressão arterial elevada, tem sido reconhecida  como um forte fator de risco modificável para doenças cardiovasculares e mortalidade. Em indivíduos sem doença vascular, a pressão sanguínea está  diretamente relacionada com  mortalidade vascular e geral, sem qualquer evidência para um  limiar menor ou igual  115/75 mmHg. Além disso a redução da pressão reduz o risco para doença cardiovasculareventos em pacientes com e sem vascular manifesta. A meta de consenso é uma redução da pressão arterial  para menor 140/90 mmHg. A American Heart  Association recomenda um controle rigoroso da pressão arterial, até 130/80 mmHg, para pacientes  com doença arterial coronariana (DAC) ou risco equivalentes, incluindo doença da artéria carótida e doença arterial periférica (DAP) . No entanto, mais e mais estudos de coorte  sugerem que a pressão arterial abaixo de um certo nível está  associada a resultados adversos para pacientes com  doença vascular, e levantaram a preocupação de que rigorosas  metas para a pressão arterial nestes pacientes, com base  em observações feitas em pacientes sem doença vascular, pode  ser inadequada. Neste contexto,  é que foi reavaliado a curva J e a associação entre o nível da pressão arterial, eventos cardiovasculares e mortalidade em uma população de pacientes com doença vascular clinicamente manifesta,  com o objetivo encontrar as explicações mais prováveis
            Foi concluido que a associação entre PAS, PAD, PP com eventos vasculares e mortalidade em pacientes com doença vascular manifesta é em forma de J e não linear. Nível da pressão arterial acima e abaixo de 143/82 mmHg esteve associado com aumentada de eventos vasculares nestes pacientes. A pressão arterial elevada não foi associada com maior taxa de eventos vasculares e mortalidade em pacientes com  diagnóstico recente de DAC, com idade  maior ou igual 65 anos, e com uma PP maior do que  60 mmHg.  A pressão arterial acima e abaixo de 143/82 mm Hg  deve ser reconhecida como um fator de risco independente para  eventos recorrentes em pacientes com doença vascular,  com exceção de pacientes com diagnóstico recente de DAC menor de que 65 anos, ou PP maior de  60 mmHg. Estas observações da curva J não invalidam as recomendações das diretrizes atuais, elas fornecem uma forte razão, no entanto, para que os ensaios avaliem os alvos de pressão para o tratamento principalmente nesta população.
Publicação: ahajournals, march 17, 2012. (click)

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